mulheres_radicais_arte

[Assessoria de Comunicação da Pinacoteca] A Pinacoteca de São Paulo apresenta, de 18 de agosto a 19 de novembro de 2018, a grande exposição coletiva Mulheres Radicais: arte latino-americana, 1960-1985. Quinze países estarão representados por cerca de 120 artistas, reunindo trabalhos em fotografia, vídeo, pintura e outros. Entre elas estão Lygia Pape, Cecília Vicuña, Ana Mendieta, Anna Maria Maiolino, Beatriz Gonzalez e Marta Minujín.

A abordagem das artistas latino-americanas foi uma forma de enfrentar a densa atmosfera política e social de um período fortemente marcado pelo poder patriarcal (nos Estados Unidos) e pelas atrocidades das ditaduras apoiadas por aquele país (na América Central e do Sul), que reprimiram esses corpos, sobretudo os das mulheres, resultando em trabalhos que denunciavam a violência social, cultural e política da época. “As vidas e as obras dessas artistas estão imbricadas com as experiências da ditadura, do aprisionamento, do exílio, tortura, violência, censura e repressão, mas também com a emergência de uma nova sensibilidade”, conta Fajardo-Hill.A América Latina conserva uma forte história de militância feminista que — com exceção do México e alguns casos isolados em outros países nas décadas de 1970 e 1980 — não foi amplamente refletida nas artes.