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(Por Sheila Jacob) Quem conheceu Vito Giannotti sabe que ele não era uma pessoa discreta. Aliás, nada discreta. Falava alto, falava firme, sempre convicto na defesa de seus ideais.

Era de esquerda, era socialista, sempre com muito orgulho dessas duas palavras que, em 2019, querem fazer a gente ter medo de dizer e se assumir. O vermelho, ultimamente tão perseguido e mal falado, era sua cor favorita.

Hoje, três anos e meio depois de sua morte, continuo ouvindo sua voz. “Temos que investir na comunicação dos trabalhadores”, ele dizia. “Temos que aprender a falar com o povo”, ele repetia. “Temos que ter o nosso jornal, rádio, televisão, internet, tudo o que estiver ao nosso alcance”, ele defendia. “Nossa linguagem tem que ser ponte, e não muralha”, ele falava. Sempre. Para Vito, ganhar corações e mentes para a luta por um mundo justo e igualitário não era uma batalha menor. Era essencial.

A cada dia que passa, vemos como ele estava certo. E sentimos a imensa falta que hoje ele faz, para nos ajudar a pensar em alternativas e para nos encher de ânimo e esperança.

Nesse 15 de janeiro, Vito faria 76 anos. Ele se foi em julho de 2015, mas sua voz não se calou.

Vito está presente em cada um que não fica indiferente frente a uma injustiça, que não desanima quando enfrenta uma batalha, que não sossega enquanto a maioria não tiver condições dignas de vida, nem seus direitos respeitados.

Que sua luta continue nos inspirando nesse desafio imenso de tornar o mundo um lugar melhor, o que ele fez até o último dia de sua vida.

Vito vive!