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(Por Ana Lúcia Vaz) Vito fez parte da minha banca de mestrado no USP. Teve que mandar uma papelada danada pra universidade, porque não tinha diploma de doutor. Mas, como disse meu orientador, tinha “muito mais produção que a maioria dos doutores aqui”.

Lembro bem das porradas que me deu na banca. Porradas amorosas, que me faziam sorrir da cumplicidade que os doutores presentes pouco compreendiam. Porque tínhamos muitas opiniões diferentes. Mas Vito não era revolucionário de teoria, era revolucionário de espírito, de coração, era revolucionário com o corpo todo. Então, éramos cumplices, porque a única coisa que parecia importar pro Vito, o ateu mais cristão que conheci, era a ética da verdadeira solidariedade humana, do sonho de justiça e igualdade!!!

Ô saudade.

Quanto aprendi com ele! Um dos melhores professores de jornalismo que tive na vida.