Denúncias de violações dos direitos humanos na segurança pública do Rio de Janeiro serão analisadas por um Grupo de Trabalho Interinstitucional de Defesa da Cidadania. O grupo, formado por organizações da sociedade civil e do poder público, foi lançado na quarta-feira (24). A jornalista Gizele Martins, do movimento de favelas, afirmou que essa é uma tentativa de promover o diálogo com os que mais sofrem diretamente com a violação dos direitos praticada pelas polícias e pelo exército, tanto para apurar as denúncias quanto para pensar políticas públicas. “O objetivo é trabalhar a sensibilidade do atendimento nos órgãos públicos, que muitas vezes desqualificam o nosso discurso, o nosso sofrimento, colocando em dúvida nossos depoimentos e denúncias”, afirmou. A ideia é dar protagonismo a todas as pessoas que sofrem diretamente com a perseguição policial e com a criminalização, como moradores de favelas, militantes do MST, do MTST e outros movimentos sociais.
Fazem parte do GT o Fórum Grita Baixada, o Maré 0800 – Movimento de Favelas do Rio de Janeiro, a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, o Centro de Assessoria Popular Mariana Criola e a Frente Estadual pelo Desencarceramento do Rio de Janeiro. Além desses grupos, também integrarão representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Militar, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro, Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio de Janeiro.