Zaccone foi responsável pela investigação preliminar no caso Amarildo em 2013. Hoje, coordena o movimento Policiais Antifascismo. Em entrevista para o Brasil de Fato, delegado fala do perigo da Bancada da Bíblia participar da formulação de políticas anti drogas e segurança pública.
Orlando Zaccone, 53, é delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Formado em direito, ingressou na coorporação em 1999 e desde então se tornou a antítese do policial repressor: Hare Krishna, skatista e favorável à legalização de todas as drogas. Coordenador nacional do movimento Policiais Antifascismo, que tem levantado bandeiras pela desmilitarização das polícias, a unificação das corporações e o combate ao extermínio da população negra e pobre do país, Zaccone também se coloca contrário às investidas da bancada evangélica no governo Bolsonaro.
“Na construção dos ministérios [do Governo Federal], você tem um participação ativa das igrejas no que diz respeito à política de drogas. No enfraquecimento de toda a rede pública de atendimento a usuários, por exemplo”, diz na entrevista. Ainda segundo Zaccone, “políticas públicas como essa não poderiam nunca passar por um debate religioso, principalmente com verba pública”.
Assista a entrevista completa no canal do Brasil de Fato.