Baseado na pesquisa de José Roberto Novaes sobre a zona cana[1]vieira do Estado da Paraíba, entre 1984 e 1986, o filme mostra as primeiras greves dos bóias-frias por melhores condições de trabalho.
A greve é considerada legal pela Justiça, mas os coronéis mandam a polícia atacar e prender os grevistas. Apesar de ganharem o dissídio coletivo na Justiça, os patrões não cumprem os acordos e recorrem aos tribunais superiores. Os trabalhadores rurais da cana são sub[1]metidos a condições insalubres de trabalho. Cumprem jornadas de 12 horas, são transportados em caminhões e tratores. Quando vítimas de acidente de trabalho, não têm qualquer assistência e sequer têm direito a tratamento de saúde.
Esses homens contam suas experiências em Bagaço da cana, que também abre espaço democrático para a defesa dos senhores de engenho. Além desses aspectos, o filme relata que o Pró-Álcool trouxe muito desenvolvimento para a região, mas esse investimento não refletiu em melhores condições de vida para os canavieiros da Paraíba.
Sugestão de uso: Documento histórico sobre o movimento sindi[1]cal rural na Paraíba em meados dos anos 80. Útil para pesquisas de estudiosos do assunto e para aulas de História do Brasil.
Direção: José Barbosa e Alberto Casa Grande; 1987; 27 min.
Realização: Serviço de Educação Popular (Sedup) e Cedi/Koinonia
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