Em apenas cinco meses de funcionamento, a Delegacia de Defesa da Mulher do Parque Dom Pedro, em São Paulo, capital, atendeu 4840 mulheres e registrou 2.850 boletins de ocorrência. Em 80% dos casos o registro era de espancamento e ameaça de morte. Na maioria das ocorrências, o agressor era o próprio marido da vítima. O tema deste documentário não é agradável, mas é necessário. A violência contra a mulher, muitas vezes reconhecida como legítima até mesmo por outras mulheres, deve ser combatida e denunciada de todas as formas, por todas as pessoas de bem. Neste vídeo, este cotidiano violento é relatado pelas próprias mulheres.
“Como você vê os homens, hoje?” – indaga a repórter a uma dessas mulheres que sofre na carne a violência doméstica. A resposta não se faz esperar: “Alguns eu vejo como homens, outros como animais”.
“E a você, como você se vê, hoje?”. “No momento, me vejo como um pássaro ferido”.
Até quando mulheres serão espancadas, agredidas e mortas por seus maridos, namorados e companheiros? Quantas ainda terão que ser sacrificadas até que todos tomemos consciência desta crueldade aceita de forma mais ou menos velada pela sociedade em geral?
Sugestão de uso: Grupos feministas, grupos de defesa dos direitos humanos, advogados, juristas, professores e estudantes de Direito.
Direção: Jacira Melo; 1986; 13 min.
Produção: Silvana Afram.
Contato: Jacira Melo: ipgalvao@uol.com.br