“Nós mulheres negras somos filhas, sobrinhas, netas, tataranetas dessas trabalhadoras domésticas. Porque quando lá atrás “termina” a escravidão, essas mulheres saíram da senzala pra ir a Casa Grande trabalhar em troca de comida, de um lugar para ficar e roupa. Quando a gente pensa que são 7 milhões de trabalhadoras domésticas em todo o Brasil, pretas, nordestinas, faveladas, causa arrepio só de pensar como tantas são submetidas a condições de trabalho análogas à escravidão. É conviver diariamente com uma cultura da subserviência”.
(Ana Maria Leone de Jesus em entrevista ao Fórum Grita Baixada, no Rio de Janeiro)