Os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul estão em greve desde o dia 3 de março. O movimento obviamente vem sendo acompanhado pela grande imprensa com a má vontade de sempre. O “Zero Hora”, no entanto, inovou. O próprio jornal vem fazendo levantamento sobre o nível de adesão à paralisação. Em sua edição do dia 16 de março, por exemplo, o ZH afirma ter consultado “por telefone ou pessoalmente 562 colégios – dos quais 32 não se manifestaram ou não puderam ser contactados – em 10 cidades-pólo gaúchas”. A questão é saber se cabe a um jornal fornecer este tipo de dados. A resposta pode estar no fato de que a consulta foi feita junto às direções das escolas e não junto à direção do movimento. Ou seja, o sindicato da categoria está sendo solenemente ignorado. Portanto, o novo expediente de “Zero Hora” não passa de uma forma de desconhecer e desautorizar a direção política do movimento.

(Por Sergio Domingues)