Por Vito Giannotti, 8 de março de 2004


1890

No Mundo – O 1º de Maio é comemorado com greves e manifestações

São Paulo– Junho. Ativistas tentam criar um partido operário. O segundo item do programa dizia: “Promover a fixação das 8 horas de trabalho”.
 
 

1891

São Paulo– Sai o único número do jornal “1º de Maio”

Pernambuco – Um deputado estadual apresenta projeto para reuzir a jornada a 8 horas
no Estado. Foi rejeitado.
 
  

1892

São Paulo– Sai o único número do jornal “1º di Maggio”

Rio de Janeiro– Tentativa de criar um partido socialista…gorou. Um dos pontos do programa: 8 horas de trabalho
 
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1894

São Paulo– Anarquistas e socialistas realizam, em abril, a 2ª Conferência dos Socialistas Brasileiros
e decidem:

Aprovar as resoluções da Internacional de comemorar o 1º de Maio em São Paulo
(polícia interrompe a reunião e prende todos) 

1895

Santos – O Centro Socialista realiza a primeira comemoração do 1º de Maio no Brasil

Rio de Janeiro– Nova tentativa de criar um partido socialista, no seu programa:

“É considerado feriado do dia 1º de Maio
por ser festa do proletariado”
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1901

São José do Rio Preto – O Clube Internacional Filhos do Trabalho no 1º de Maio lança manifesto escrito por escrito por Euclides da Cunha (autor de Os Sertões)

Rio de Janeiro– Em outubro, greve dos trabalhadores das pedreiras pelas 8 horas
 

1902

São Paulo – Mais uma tentativa de criar um partido socialista

No programa mínimo:
“horário de, no máximo, 8 horas de trabalho…”
 
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1903

As greves se generalizam … pelas 8 horas

Rio de Janeiro– Têxteis conseguem 9 horas e meia
Construção Civil…
 

1906

Rio de Janeiro– A Federação Operária do Rio de Janeiro convida associações e sindicatos de vários estados e realiza o 1º Congresso Operário Brasileiro

Delibera:”
1º de Maio de 1907: greve pelas 8 horas”

Jundiaí – SP – Greve dos ferroviários pelas 8 horas, de 15 a 31 de maio. A força pública intervém: massacra. Mortos, feridos, presos e espancados.
 
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1907

São Paulo– 1º de Maio – manifestação na Praça da Sé. Ocupação Policial
Dia 04/05 – começa uma greve generalizada na cidade
No final os marmoristas (Construção Civil) conseguem
a aprovação das 8 horas

Acordo final: 8 horas a partir
de 01/01/1907

Porto Alegre – Greve Geral na cidade conquista 9 horas para todos
 
  

1914

Setores do governo e dos patrões querem transformar o 1º de Maio em feriado para esvaziar as lutas…
Anarquistas e socialistas lutam contra esta idéia
 
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1916

São Paulo– 1º de Maio – Contra a Guerra!

“Abaixo a guerra! Queremos a paz”
“Paz entre nós, guerra aos senhores”
“Viva a Internacional!” <>

1917

São Paulo– Na greve de 1 mês, várias exigências … entre elas, 8 horas

 

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1919

Rio de Janeiro– Mais de 60 mil grevistas no 1º de Maio… PELAS 8 HORAS!

“Viva a Revolução Soviética”
“Viva Lênin”
e se canta a Internacional!

Recife / Porto Alegre– Barricadas, mortos, feridos, presos. Os empresários aceitam as 8 horas
Salvador – Junho: greve geral pelas 8 horas. O governador assina a lei 1309, em 10/06

“8 horas para todos os estabelecimentos industriais e oficinas pertencentes ao Estado”
 
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1924

Governo edita um decreto:
“É considerado feriado nacional o 1º de Maio”

“… consagrando-se não mais a protestos subversivos, mas à glorificação do trabalho ordeiro…”
(presidente Arthur Bernardes)

Atenção: Sem as 8 horas

até 1935

Todo 1º de Maio comemorado sem comícios…
Sem o governo e patrões 

1932

Decreto de Getúlio Vargas regulamenta a JORNADA DE 8 HORAS.
  

1940

Vargas passará a comemorar todo 1º de Maio…junto com os trabalhadores
populismo… “pai dos pobres”