Na quinta-feira, 01 de julho, o Juiz André Gonçalves Fernandes, de Sumaré (SP), decretou a falência da Flaskô. A determinação pode resultar no fechamento da fábrica, com o consequente desemprego de todos os trabalhadores e o fim das atividades sociais da Fábrica de Cultura e Esportes. Pode influenciar, ainda, no próprio futuro da Vila Operária, além de ser o fim da luta histórica dos trabalhadores da Flaskô.
Há sete anos, em 12 de junho de 2003 os trabalhadores da Flaskô ocuparam a fábrica como única forma de garantir seus postos de trabalho. Desde então, é de conhecimento público a luta do Movimento das Fábricas Ocupadas e a gestão democrática pelos trabalhadores, que procura implementar as conquistas históricas da classe operária, como a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e a solidariedade com todos os movimentos sociais e sindicais.
O ataque é frontal e direto contra a organização da classe trabalhadora, tanto é que no ano passado, ao tratar de uma ocupação do MTST em Sumaré, este mesmo Juiz tinha dito que o MTST, junto com o MST e a FARC, “fazem parte da Via Campesina, uma organização terrorista internacional”. Ou seja, sabemos que se trata de um conflito de classe, com trabalhadores e proprietários se enfrentando, e o Juiz, como representante do Estado Burguês, possui claramente um lado.
Mais informações sobre o movimento dos trabalhadores da Flaskô podem ser conferidas em www.fabricasocupadas.org.br.