[Por Márcio Castilho/ publicado no Facebook] A blindagem da imprensa brasileira a Bolso, o pai, na rasa e desastrosa participação no fórum que fala para o mundo do capital é a contrapartida necessária para a reforma da previdência. Parece ficar cada vez mais evidente a dependência de Jair à aprovação da pauta que favorece seguradoras e bancos privados, esmagando trabalhadores e aposentados. As relações reveladas do filho 01 com milicianos, agravando o escândalo do Caso Queiroz, deixam o chefe do clã ainda mais vulnerável, até porque distante o pai não está das duas denúncias.
Ainda que a reforma seja aprovada, o palpite n. 2 é o fator Mourão no xadrez político. A interinidade em Brasília e o tipo de tratamento que vem recebendo da mídia sugerem que a patente mais alta também pode prevalecer para além dos quartéis, bem mais cedo do que se previa. Em qualquer dos cenários, com ou sem o capitão, a situação é muito, muito preocupante.
Certo mesmo é que não sairemos da paralisia se esperarmos as decisões editoriais de Bonner e cúpula para tecermos as táticas contra o obscurantismo autoritário instalado no país. As relações de força entre a Globo e o Planalto já estão dadas, e não há mocinho ou “Madalena arrependida” nesta história. Interessa-me como agiremos articulados e estrategicamente na planície. Tarefa que não pode ficar a reboque do que decide o “andar de cima”. Ouçam um bom conselho: Quem espera, nunca alcança, lembram?