O filme recupera a longa greve de 32 dias, realizada pelos petroleiros, nacionalmente, em 1995. Foi a maior greve da categoria na história do país. As imagens da ocupação da Refinaria de Araucária, no Paraná, logo no começo, dão o tom geral de confronto entre o recém empossado governo de Fernando Henrique e os trabalhadores. No final do documentário, com as imagens de uma assembleia muito tensa, no sindicato do Paraná, a voz do locutor faz o balanço da greve, dez anos depois. A posição do Governo neoliberal de FHC é denunciada: “sua intenção era quebrar a espinha dorsal do movimento operário”. Para essa finalidade o governo demite dezenas de dirigentes sindicais e impõe pesadas multas aos vários sindicatos de petroleiros, visando imobilizá-los financeiramente: total de 2 milhões em multas. As sedes de muitos sindicatos foram penhoradas e todos os acordos assumidos pelo governo não foram cumpridos. Nos lembra ainda a anistia concedida pelo governo Lula em 2003 e a retomadas das negociações, entre os trabalhadores e a estatal Petrobrás.

O grito de guerra da categoria é personificado na locução final: “Somos latino-americanos. Somos Petroleiros. Não desistimos nunca.”

Além de uma recuperação histórica, o documentário é uma aula sobre como a mídia noticia uma greve. A Globo, com todos seus famosos locutores, outros canais de televisão e jornais e revistas são mostrados para mostrar a parcialidade da informação e seu papel no combate político-ideológico à classe trabalhadora.

Sugestões de uso: Para a recuperação histórica de uma das maiores greves da classe trabalhadora brasileira. Também é útil para discutir a disputa de hegemonia na sociedade.

Produção: Sindipetro/PR: 2005: 17 minutos

Contato: (041) 3332-4554 // sindipetropr.sc@terra.cpm.br