[Por Vinícius Ribeiro • 30/07/2023] Uma videorreportagem produzida pela ONG RioonWatch relata momentos da vida e da luta de três camelôs no Rio de Janeiro. São eles: Maria de Lourdes do Carmo, 48, conhecida como Maria dos Camelôs, liderança de classe, que trabalha nas ruas desde 1996; Cristina de Oliveira, moradora da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana; e Antunes Santos, morador da Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste, dono de uma banca móvel de venda de balas, chicletes, cigarros e etc.

Maria há 20 anos é coordenadora do Movimento Unido dos Camelôs (MUCA), fundado em 2003. Naquele ano, Maria foi espancada por guardas municipais 15 dias após ter dado à luz um filho. O realiza manifestações nas ruas, reivindicando formalização e o fim da violência contra os camelôs. 

Cristina é camelô há mais de uma década. Sustenta seus filhos com seu trabalho informal. Inicialmente, ela tinha um carrinho de lanches, mas, por pressão da fiscalização da prefeitura, depois de diversas apreensões de seu material de trabalho e de muito prejuízo, ela resolveu mudar de mercadoria e passou a vender artesanato, que ela própria fabrica. Ela conta que está há mais de uma década esperando, sem sucesso, a permissão da prefeitura para trabalhar como camelô de forma legal.

 Lucas Yan Antunes Santos tem medo da Guarda Municipal, que já lhe agrediu enquanto trabalhava. Ele é dono de uma bombonière ambulante, que garante conforto a seus clientes por onde quer que passe e que sustenta seus filhos. No entanto, ele afirma sentir medo de trabalhar como camelô pelas ruas do Rio, por já ter sido violentamente agredido por agentes da Guarda Municipal, em Copacabana. 

A matéria completa está aqui: bit.ly/3OAeMNv.

E o vídeo aqui: bit.ly/LutaDosCamelos.

Vinícius Ribeiro é nascido e criado na Zona Oeste, entre a Estrada da Posse, em Santíssimo, e o Barata, em Realengo. Atualmente mora na Mangueira. Jornalista, cineasta e fotógrafo, é membro do Coletivo Fotoguerrilha. Assina direção e roteiro dos curtas Sobreviver, Dame Candole, Sob o Mesmo Teto e Entregadores. Atualmente, está em um projeto sobre uberização e precarização do trabalho e faz parte da Rede de Comunicadores do NPC.