Sou mulher e sou de luta,
em casa e no trabalho.
Desprezo homenagens
obrigações de calendário.
Direitos e respeito,
na luta arrancarei.
Em casa e no trabalho,
sem a ternura perder,
sou mulher e sou guerreira!
Para muito além de nos limitarmos a dar ou a receber demagógicos botões de rosas, beijinhos e falsos cumprimentos pelo Dia Internacional da Mulher, temos que, companheiros e companheiras, compreendermos que esse dia simboliza as lutas das mulheres ao longo dos séculos contra a exploração no trabalho, a discriminação de gênero na sociedade e na opressão machista que facilmente chega à agressão moral e física. Isso, tanto no local de trabalho como em casa.
Aceite as rosas, os bombons e os cumprimentos no Dia Internacional da Mulher. Mas neste dia, como em todos os demais do ano, exija respeito, lute por seus direitos, não abra a mão de sua dignidade. Seja presente na luta!
As mulheres faziam parte da “classe perigosa”
Resumo sobre estudo
de Eva Alterman Blay
Nos anos 1800 e 1900, nos países que se industrializavam, o trabalho fabril era realizado por homens, mulheres e crianças, em jornadas de 12, 14 horas, em semanas de seis dias inteiros e freqüentemente incluindo as manhãs de domingo. Os salários eram de fome, havia terríveis condições nos locais da produção e os patrões tratavam as reivindicações dos trabalhadores como uma afronta. Operárias e operários eram considerados como as “classes perigosas”. Sucediam-se as manifestações de trabalhadores, por melhores salários, pela redução das jornadas e pela proibição do trabalho infantil.
Para desmobilizar o apelo das organizações e controlar a permanência dos trabalhadores/as, muitas fábricas trancavam as portas dos estabelecimentos durante o expediente, cobriam os relógios e controlavam a ida aos banheiros. Mas as difíceis condições de vida e os baixíssimos salários eram forte incentivos para a presença de operárias e operárias nas manifestações, em locais fechados ou na rua.
Uma das fábricas, a Triangle Shirtwaist Company (Companhia de Blusas Triângulo), para se contrapor à organização da categoria, criou um sindicato interno para seus trabalhadores/as. Em outra fábrica, algumas trabalhadoras que reclamavam contra as condições de trabalho e salário foram demitidas.