Publicado em 20.10.10
Nos dias 11 e 12 de outubro, representantes da Anistia Internacional fizeram visitas a algumas comunidades ameaçadas de remoção pela Prefeitura do Rio. Acompanhados pelos defensores públicos Alexandre Mendes e Roberta Fraenkel, do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Rio, eles passaram por Parque Colúmbia, Vila das Torres, Favela do metrô, Tabajaras (Estradinha), Vila Laboriaux (Rocinha), Vila Autódromo, Asa Branca e Restinga.
A Anistia Internacional é um movimento global de defesa dos direitos humanos. Seus representantes, Patrick Wilcken e Renata de Souza, estiveram no Rio para investigar denúncias sobre as crescentes violações do direito à moradia provocadas pela realização de megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A principal reclamação dos moradores foi a forma como os funcionários da Prefeitura tratam os moradores das comunidades, além das péssimas condições a que estão sujeitos nas comunidades, como acúmulo de entulho, fios elétricos soltos e canos quebrados. Os moradores também denunciaram que os locais oferecidos pela Prefeitura para as novas instalações são de difícil acesso e estão longe de seu trabalho. Também muitos afirmaram que a indenização oferecida pela Prefeitura para a desocupação do imóvel é insuficiente para a aquisição de nova casa.
Em reunião realizada no dia seguinte à visita, Patrick Wilckem concluiu que os moradores estão sofrendo despejos forçados, muitas vezes feitos de maneira agressiva, segundo o relato de alguns. Segundo ele, a Anistia Internacional vai apoiar efetivamente a luta contra uma atitude ilegal, pressionando as autoridades para cumprir com suas responsabilidades e agir dentro da lei. Serão feitos relatórios a fim de realizar uma campanha pedindo mudança na situação em que os moradores se encontram.
[Fonte: Informativo do NUTH]