[Por Rosângela Ribeiro Gil – NPC] O mundo viu, estarrecido, a violência diplomática, por pouco também física, que o presidente da Bolívia, Evo Morales, sofreu no dia 4 último, quando sua aeronave foi proibida de sobrevoar o espaço aéreo de alguns países europeus, como Portugal, Espanha e Itália. Tudo por causa de uma informação falsa de que o avião presidencial boliviano traria a bordo o ex-agente de Segurança Nacional dos EUA, Edward Snowden, para um asilo humanitário no país sul-americano. 

EvoMorales

O jornal “Ciudad CCS”, uma boa alternativa de informação, mesmo que em língua espanhola, de origem venezuelano, trouxe a notícia (Embajador de EEUU en Austria fue el autor de la falsa noticia) em destaque, no domingo (7/07), de que o periódico austríaco “Die Press” assegurou que a notícia falsa partiu do embaixador estadunidense na Áustria.

A publicação informa:

“En una noticia publicada en la edición del 3 de julio de ese diario se afirma que poco después que aterrizara el avión de Morales “el Ministerio de Asuntos Exteriores de Viena recibió una llamada telefónica”. Quien llamó no era otro que el embajador de Estados Unidos en Austria, William Eacho. Según Die Presse éste “afirmó gran certidumbre de que Edward Snowden estaba a bordo del avión boliviano.” Eacho también hizo mención a “una nota diplomática solicitando la extradición de Edward Snowden”.”

Talvez até uma criança já soubesse que a ordem da intercepção do avião de Evo Morales veio dos Estados Unidos, mas como nota bem o jornal de Caracas o incidente revela várias coisas, como a de que os serviços secretos dos países europeus demonstraram uma incompetência fenomenal. Ou uma subserviência monstruosa ao tio Sam sem se importar de passarem por incompetentes.

Aqui uma reflexão: e se Snowden estivesse na aeronave isso seria permitido? Acaso ele teve algum julgamento internacional com veredicto de criminoso ou de perigo ao mundo?