Por Kleber William de Sousa, Suelen Leandra Alvarenga e Suellen Karla

1. INTRODUÇÃO

 Após profundo debate sobre opinião pública e o espaço midiático, ocorrido na disciplina sobre comunicação comparada, no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais-UNILESTE, neste artigo  esses dois temas serão discutidos, focando principalmente as novas tecnologias e a manipulação na grande imprensa.

Desde o inicio da sua existência, o homem, em um processo de humanização, buscou se comunicar, seja através de pedras, galhos e ossos, utilizados como ferramentas para a comunicação, a partir daí sendo considerados a iniciação de novas tecnologias de comunicação.

 

Kenski afirma que:

As tecnologias – velhas, como a escrita , ou novas, como as agendas eletrônicas – transformam o modo como dispomos, compreendemos e representamos o tempo e o espaço à nossa volta. O universo de aparelhagem de que nos servimos diariamente redimensiona as nossas disponibilidades temporais e os nossos deslocamentos espaciais.

O tempo, o espaço, a memória, a historia, a noção de progresso, a realidade, a virtualidade e a ficção são algumas das muitas categorias que são consideradas em novas concepções a partir dos impactos que, na atualidade as tecnologias eletrônicas tem em nossas vidas. (KENSKI, 1997).

 

Importantes para o processo de comunicação são os recursos utilizados como meio de transporte para socialização das informações.

Ao comentar sobre as partes principais da mídia, Dizard relata: Os recursos da mídia, na atualidade, estão sendo reorganizados em um novo padrão composto de três partes principais. A mídia de massa tradicional, mídia de massa eletrônica de última geração e mídias eletrônicas pessoais (DIZARD, 2000).

Há uma grande parte da população brasileira que é ouvinte fiel de rádio, e uma parte maior ainda, espectadora de televisão. Em se tratando de opinião pública, a partir dos programas veiculados, há uma formação de identidade, valores e costumes que são incorporados por boa parte de quem está do outro lado do rádio ou da telinha.

Como observa Chauí (1996) : “Christopher Lash, no livro A cultura do narcisismo, os mass media tornaram irrelevantes as categorias da verdade e da falsidade substituindo pelas noções de credibilidade ou plausibilidade e confiabilidade”.

    

2. AS TECNOLOGIAS INFORMACIONAIS

 

A troca de informação para o ser humano sempre foi um fator vital para o seu progresso. Com o passar dos anos e a necessidade da informação a longa distância, meios para estabelecer esses contatos foram inventados. O meio fundamental para o surgimento dos meios de comunicação que conhecemos hoje é o telegrafo, palavra que vem do grego, escrita à distância.

Após a invenção e o desenvolvimento dessa tecnologia, a radiodifusão – aproveitamento das mesmas ondas para irradiação de programas à massa, – eclode somente a partir dos anos vinte. O comércio e a indústria ansiavam por canais que lhes propiciassem melhor acesso aos consumidores potenciais. O rádio precisava ser esse canal de acesso.

O sucess o da primeira irradiação no Brasil, em 1922, durante as Comemorações do Centenário da Independência, realizadas no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, transmitindo o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, foi a mola motivadora para os planos da primeira emissora brasileira.

Após conseguir a transmissão a longa distância sem fio, surgiram vários outros meios de transmissão, com ou sem a utilização de fio, desde a televisão, computadores, telefone celular, palm-top, etc.

Sobre os padrões emergentes de mídia , destacam-se três partes. A mídia tradicional, a mídia que envolve os serviços eletrônicos de comunicação de massa e a mídia eletrônica pessoal.

A mídia tradicional – emissora de tv, cinema, rádio e impressos- é o elo constante na transição para um novo ambiente de comunicação de massa. Lima, discorrendo sobre a mídia tradicional,  observa que:

Quando falamos de mídia estamos nos referindo a indústria da cultura, isto é, as emissoras de rádio (aberta e paga), aos jornais, as revistas e ao cinema, portadores do que se chama de comunicação de massa. Ela é parte de nossas vidas da mesma forma que os caminhões para o fiscal da alfândega. E é por isso que quase não nos apercebemos dela e de sua importância . A mídia,  plural latino de médium, meio e entendida aqui como o conjunto das instituições que utilizam tecnologias, específicas para realizar a comunicação humana. Vale dizer que instituição mídia implica sempre a existência de um aparato tecnológico intermediário para que a comunicação se realize. A comunicação passa, portanto, a ser uma comunicação midiatizada. E esse é um tipo específico de comunicação, realizado através de instituições que aparecem tardiamente na história da humanidade e constituem-se um dos importantes símbolos da modernidade. Duas características da comunicação midiatizada são sua unidirecionalidade e a produção centralizada, integrada e padronizada de seus conteúdos.(LIMA, p. 53, 1996).

 

A segunda parte do padrão da mídia envolve os serviços eletrônicos de comunicação de massa: bancos de dados de consumo, computadores multimídia, a internet e etc.

A rede mundial da internet (world wide web) exerce e combina quatro funções principais relativamente distintas: a função de transmissão de dados, a de mídia, a de ferramenta de trabalho e a de memória.

 

Kucinski diz que:

“De fato, a internet muda os conceitos de tempo e espaço, mas o tempo da transmissão de um dado isolado pela www é o mesmo de todas as transmissões eletrônicas, o mesmo do telégrafo e do telefone,  que tem como base e limite a velocidade da luz” (KUCINSKI, 2004).

A terceira parte do padrão de mídia é o aparecimento da mídia eletrônica pessoal como uma nova forma de comunicação de massa. São redes montadas por pessoas e grupos que evitam toda a gama de provedores comerciais de informação e entretenimento. A internet é um exemplo mais espetacular de formação de redes de massa.

 

Dizard observa:

As redes pessoais começam a competir mais diretamente com a mídia de massa maior como recursos de informação. As novas redes pessoais também incluem a formação de redes via telefones comuns e celulares áudio e vídeo cassete, aparelhos de fax pessoais, conferência via satélite em pequenos grupos e transmissores de televisão de baixa potência projetados para servir a públicos especializados (DIZARD, 2000).

3. OPINIÃO PÚBLICA

               

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