Uma manifestação de cerca de 500 pessoas no Centro do Rio foi o marco inicial do Fórum Social Urbano nesta segunda-feira, dia 22 de março. Os participantes do FSU saíram da Candelária, às 10h, rumo aos armazéns da Zona Portuária, onde está sendo realizado o Fórum Urbano Mundial (FUM), da ONU. Lá um grupo de artistas de Santa Teresa promoveu uma intervenção em protesto à pouca participação popular no Fórum oficial. Houve princípio de tumulto com a polícia, que foi contornado. “Resolvemos denunciar que existem visões e temas que não estão contemplados no Fórum Urbano Mundial, como a criminalização dos movimentos sociais, da pobreza, e os prejuízos que megaeventos, como os Jogos Olímpicos, têm provocado nas cidades sede”, disse Valério da Silva, da Fundação Bento Rubião.

Durante o trajeto, faixas e bandeiras denunciaram as injustiças de uma “cidade-empresa”. O panfleto proposto pelos(as) organizadores(as) critica a atual visão de governantes e empresas sobre o que é “progresso” urbano: “Hoje em dia tudo vira mercadoria. Educação, saúde, transporte, moradia, comunicação e até a natureza! A exploração de recursos naturais é desenfreada. Transnacionais procuram se instalar em países periféricos na busca de mão de obra barata e leis ambientais flexíveis. Indústrias chamadas sujas, como as siderúrgicas, se encravam em bolsões de pobreza, gerando injustiça ambiental. Isso é desenvolvimento?”, questiona o documento.

O encontro vai de 22 a 26 de março.
Acompanhe a cobertura em forumsocialurbano.wordpress.com/