Autor: Eric de Almeida

Argentina: juízes são condenados à prisão perpétua por cumplicidade com a ditadura

Quatro juízes federais foram condenados à prisão perpétua por terem sido cúmplices da ditadura militar na Argentina. A sentença, ocorrida no dia 26 de julho, na província de Mendoza, foi transmitida ao vivo por rádios comunitárias e pela internet no site da Farco – Agência de Notícias do Fórum Argentino de Rádios Comunitárias. Rolando Evaristo Carrizo, Guillermo Petra Recabarren, Luis Miret y Otilio Roque Romano foram condenados por garantir que dezenas torturas, sequestros e assassinatos passassem impunes durante ditadura. Os juízes atuaram até 2011, o que expõe a dificuldade de condenação de civis que participaram ativamente da repressão. O processo durou mais de três anos e terminou, também, com a condenação, com diferentes penas, de outros funcionários do Estado, entre policiais, carcereiros e membros de forças armadas que participaram da repressão. Em entrevista às rádios comunitárias, concedida no Tribunal Federal, o fiscal Dante Veja apontou que a condenação foi histórica por constatar a responsabilidade dos diversos setores que faziam parte do aparelho de repressão estatal, não apenas dos militares. “Além disso, abarca um período que vai desde antes da ditadura, passa pelo período autoritário e chega, inclusive, à etapa democrática. Significa dizer que houve terrorismo de Estado antes e depois do golpe, como vínhamos afirmando”, disse. [Com informações da Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica – ALER]

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Ocupações apontam relação entre golpe, corrupção e latifúndio, diz dirigente do MST

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizou, no dia 25 de julho, uma série de ocupações de terra em todas as regiões do país, como parte da Jornada Nacional de Lutas. A Jornada aconteceu nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Piauí e Maranhão. Na Bahia e em Sergipe, os trabalhadores ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e também realizaram marchas. Em entrevista ao jornalista João Eduardo Bernardes, do Brasil de Fato, Kelly Maffort, da direção nacional do Movimento, conta que, sob o lema “Corruptos Devolvam Nossas Terras”, as “ações diretas” denunciam “à sociedade a relação entre o golpe, a corrupção e latifundiários”. | Confira a entrevista completa.

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Globo E CIA: Unidos pelo Brazil, contra o Brasil

[Por Renata Mielli, na Mídia Ninja] Aldir Blanc e Maurício Tapajós compuseram a música Querelas do Brasil, em 1978. A canção, imortalizada na voz de Elis Regina, denuncia a colonização predatória dos Estados Unidos, que saqueia as riquezas naturais do nosso país, impõe um padrão de consumo e comportamento totalmente em desacordo com a cultura nacional e as condições sócio-econômicas da maioria esmagadora da população, tudo com o aval e patrocínio da elite do país. Aliás, o único elo de ligação entre essa elite e o Brasil é o fato dela ter nascido em território brasileiro. De resto, ela nada tem de nacional: não tem projeto político e econômico para o desenvolvimento do país; acorda, almoça, janta e dorme sonhando ser norte-americana e quer transformar o Brasil no quintal ou anexo dos Estados Unidos. Para isso, vale tudo! | Leia o artigo completo.

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Algumas dicas de escritores e escritoras presentes na última FLIP

[Por Sheila Jacob] A última Festa Literária de Paraty (FLIP), realizada entre os dias 26 e 30 de julho, já está sendo considerada a “FLIP da diversidade”. Com a corajosa curadoria de Josélia Aguiar, foi a edição com o maior número de mulheres entre os convidados. Outra inovação foi o artista homenageado: Lima Barreto, escritor que não teve o merecido reconhecimento em seu tempo por ser negro, alcoólatra e de periferia. A denúncia da perpetuação das desigualdades e das exclusões esteve presente em praticamente todas as mesas. Muitos que lá estavam se emocionaram, assim como Lázaro Ramos, com o depoimento de Diva Guimarães. Essa professora, negra, enfrentou a timidez, pegou o microfone e contou sobre o preconceito que sofreu na infância, tornando-se a sensação da festa. O clima foi tão interessante que resolvemos escolher alguns livros para indicar. | Clique aqui e confira as dicas de escritores e escritora!

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