No Rio, prisões arbitrárias tentam enfraquecer movimento
[Por Marina Schneider] Algumas prisões realizadas na segunda-feira à noite, durante e após as manifestações do Centro do Rio tinham o claro intuito de tentar intimidar os manifestantes. Um casal foi detido acusado de furto qualificado. Segundo a PM, eles roubaram produtos de uma loja na rua São José. “Houve saques e o que foi apresentado pelos policiais estava nas ruas”, argumenta o advogado que cuida deste e de outros casos ocorridos na segunda-feira, Carlos Eduardo Nascimento, do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos. Segundo ele, um morador de rua que dormia embaixo do viaduto da Praça XV também foi preso naquela noite acusado de formação de quadrilha. Um ex-agente penitenciário, aposentado por invalidez por ser esquizofrênico, também foi acusado de formação de quadrilha. Outro caso absurdo foi o de um estudante de comunicação da UFF detido por fotografar a manifestação sem identificação profissional, como se só tivesse autorização para registrar os atos alguém contratado por um veículo empresarial. “Foram prisões de natureza autoritária e cunho arbitrário e que refletem a visão política de quem quer calar os movimentos sociais”, avalia Carlos Eduardo.
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