Autor: Marina Schneider

O processo é longo e trará frutos’, afirma preso em protesto

O estudante de comunicação Ciro Oiticia foi um dos manifestantes presos na noite de 15 de outubro, no Rio de Janeiro, em protesto de apoio aos profissionais da educação do município e do estado. Ele tem participado das manifestações desde junho e avalia que as reivindicações hoje são muito claras, apesar de variadas. “A questão da CPI dos Ônibus, desmilitarização da polícia, democratização da mídia, educação pública, gastos com a Copa, Museu do Índio, entre muitas outras, são bandeiras bem definidas”, aponta. Segundo ele, as mobilizações estão deixando claro que é necessário avançar nas conquistas sociais e que a democracia ainda é frágil no Brasil. “O processo é longo e certamente trará frutos”. | Confira a entrevista concedida por Ciro a Ruben Berta, do “Globo”.

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Pesquisa aponta que população quer mais regras para definir programação de TV

Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo sobre democratização da comunicação apontou que 71% dos entrevistados querem mais regras na definição do conteúdo da TV aberta. O dado foi anunciado por Gustavo Venturi, professor do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo e um dos orientadores da pesquisa na última sexta-feira (18), no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Outro dado importante que a pesquisa obteve foi a falta de informação sobre a propriedade dos meios de comunicação. Sete em cada dez entrevistados não sabiam que as emissoras de TV aberta são concessões públicas. A pesquisa apontou que 60% acham são “empresas de propriedade privada, como qualquer outro negócio”. Para Venturi, a difusão dessas informações que a maior parte das pessoas não tem é fundamental para fomentar o debate sobre a democratização da comunicação. “As pessoas talvez não vejam a comunicação como um direito próprio”, apontou. Segundo ele, alterar essa percepção só é possível através de mobilização e discussão. “O projeto de lei de iniciativa popular está sendo importante para fomentar o debate público sobre a questão”, avaliou, se referindo ao Projeto de Lei da Mídia Democrática lançado pela campanha Para Expressar a Liberdade este ano. O desejo de que a programação e a publicidade sejam definidas e fiscalizadas através de controle social, ou seja, através de um órgão ou conselho que represente a sociedade, apareceu nas repostas de 46% dos pesquisados. Menos de um terço (31%) avalia que deve ser mantida a auto-regulamentação. | Por Marina Schneider | Continue lendo.

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