Autor: Marina Schneider

Os ninjas e a luta anticapitalista

A atuação do coletivo Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) está no centro dos debates sobre jornalismo alternativo. Seus integrantes se destacaram no acompanhamento das manifestações populares que começaram em junho passado. A cobertura do coletivo foi fundamental na denúncia da violência policial e na divulgação das principais pautas dos movimentos. Furou o bloqueio dos monopólios da comunicação e mostrou compromisso com a informação e com as causas das manifestações. Mas somente aos poucos vai ficando clara qual é a proposta dos ninjas. A presença de dois de seus membros no programa Roda Viva de 05/08, na TV Cultura, ajudou a esclarecer alguns pontos. Diante de jornalistas da grande imprensa, Bruno Torturra e Pablo Capilé deram uma demonstração de segurança quanto ao que fazem e no que acreditam. Enfrentaram com tranquilidade uma bancada que, em grande sua maioria, vacilava entre a hostilidade ignorante e a ignorância hostil. | Continue lendo | Por Sérgio Domingues.

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90 mil pessoas desaparecem no Rio de Janeiro nos últimos 23 anos

No dia 4 de agosto, o jornal fluminense “O Dia” publicou uma reportagem intitulada “À procura de outros Amarildos”. Um dos entrevistados é o sociólogo Fábio Araújo, autor da tese de mestrado (UFRJ) “Das consequências da arte macabra de fazer desaparecer pessoas”. Araújo revela ao repórter Francisco Alves Filho que mais de 90 mil pessoas desapareçam no estado nos últimos 23 anos. Diz, ainda, que “a queda do número de homicídios em alguns anos do governo Sérgio Cabral coincide com o aumento do número de sumiços em território fluminense”. Segundo ele, “um indício de que os agentes da violência — traficantes e maus policiais — estariam usando outro método de extermínio”. | Por Claudia Santiago.

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Trabalhadores terceirizados

O PL 4.330/04 que amplia as terceirizações deve ser colocado em pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania na Câmara dos Deputados no dia 14. Os contratos em regime de terceirização permitem às empresas e aos órgãos públicos tratar de forma diferente pessoas que exercem a mesma função. Direitos adquiridos em acordos coletivos de uma categoria profissional não são garantidos aos terceirizados. De acordo com pesquisa Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, cumpre três horas a mais em sua jornada semanal e ganha 27% menos que os demais. O projeto de lei acaba com a “responsabilidade solidária”, que transfere à empresa contratante a obrigação de cumprir com deveres trabalhistas desrespeitados pela contratada.

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Sociedade defende neutralidade da rede em audiência sobre Marco Civil da Internet

Uma audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados debateu, na última quarta (07.08), a proposta de Marco Civil da Internet. Organizações da sociedade civil defenderam o princípio de neutralidade da rede, resguardado no Projeto de Lei original (PL 2.126, de 2011), de autoria do deputado Alessandro Molon (PT/RJ). O texto do PL determina que seja dado “tratamento isonômico para quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviços, terminal ou aplicativo”. Em carta entregue aos deputados, várias organizações, dentre as quais o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor afirmam que o texto original do Marco Civil “é uma peça de legislação moderna e progressista, com as garantias gerais satisfatórias para a proteção da liberdade de expressão e o direito à privacidade na Internet”.

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A América para os Estados Unidos

A doutrina Doutrina Monroe, de 1823, que tinha como tese central “A América para os americanos” na prática significava a América para os Estados Unidos. Um caso típico de aplicação da doutrina é o da multinacional norte-americana, United Fruit Company (1899-1970), grande produtora e comerciante de frutas tropicais na América Central e no Caribe que atuava politicamente na nossa região participando da implantação de ditadura e derrubada de regimes democráticos. Em 1928, trabalhadores agrícolas foram assassinados a mando da companhia, na Colômbia ao exigirem melhores condições de trabalho. Em 1954, na Guatemala, participou do golpe contra Jacobo Arbenz Guzmán. O advogado da United Fruit Company era diretor da CIA. Em 2007, já com o nome de Chiquita Brands foi a julgamento nos EUA pelo envolvimento em assassinato de sindicalistas e camponeses. I Por Claudia Santiago, com informações da Agenda NPC-2014.

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