Autor: Sheila Jacob

Francisco Louçã aborda a criação do senso comum no capitalismo

[Por Rosângela Ribeiro Gil] Os trabalhos do primeiro dia do 22º Curso Anual do NPC foram encerrados em grande estilo com o tema “Os desafios dos trabalhadores em Portugal, Espanha e França”, com a apresentação do professor e militante de esquerda português Francisco Louçã. A coordenação da mesa ficou a cargo do também professor Reginaldo Moraes, da Unicamp e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu), além de integrante do NPC. Moraes apresentou o convidado, que é economista, como um dos fundadores, em 1999, do partido socialista Bloco de Esquerda, sendo seu coordenador de 2005 a 2012, “que abriu caminho para diferentes formas de militância”. Louçã avisou que adaptou a sua apresentação para atender melhor aos ativistas dos movimentos sociais e da mídia alternativa presentes ao curso do NPC. Por isso preferiu falar sobre um dos seus trabalhos realizados com mais dois amigos, o livro “Os burgueses – quem são, como vivem, como mandam”, que é uma investigação da burguesia portuguesa. | Continue lendo.

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‘Precisamos ter criatividade para enfrentar o atual momento de conservadorismo’, sugeriu Reginaldo Moraes

[Por Sheila Jacob] Os participantes do Curso puderam conhecer melhor o trabalho do NPC na manhã de quinta-feira (17). Claudia Santiago Giannotti, coordenadora e criadora do Núcleo, falou sobre a experiência de produção do livro recém-lançado sobre comunicação popular. Para ressaltar a importância da mídia alternativa, apresentou um trecho do documentário “Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá”, do cineasta Silvio Tendler, também palestrante do evento. Em cinco minutos, o vídeo mostra como um pequeno número de agências internacionais ligadas ao mercado financeiro controlam a interpretação do que se passa no mundo. “Por isso a importância da comunicação popular, para se contrapor a essa hegemonia do pensamento único”, observou Claudia Giannotti. Quanto aos desafios colocados para a esquerda hoje, o cientista político Reginaldo Moraes apresentou uma linha do tempo guiada por sua memória pessoal. Em sua exposição, ele procurou tratar das transformações econômicas e no pensamento dos anos 1970 até os dias de hoje. Segundo ele, essa reflexão é importante para que a classe trabalhadora brasileira possa se organizar e pensar em alternativas neste atual momento de ataque aos direitos. | Continue lendo.

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Uso da internet na resistência ao golpe de 2016 é tema de mesa no 22º Curso do NPC

[Por Marina Schneider – NPC] O ativismo digital na resistência ao golpe que retirou Dilma Rousseff da presidência do país foi tema de um dos debates ocorridos na tarde do dia 17 de novembro, no 22º Curso Anual de Comunicação do NPC. Participaram da mesa as jornalistas Renata Mielli e Camila Marins. O papel do poder econômico na utilização das redes sociais e a forma como essas ferramentas são apropriadas pela esquerda foram alguns dos temas discutidos pelas palestrantes. | Continue lendo.

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Laurindo Leal e Márcia Tiburi falam sobre o poder da televisão no Brasil e as possibilidades de resistência

[Por Sheila Jacob – NPC] Mesmo com as novas tecnologias, ainda é imenso o poder da TV na formação de coração e mentes no Brasil hoje, reconheceram os palestrantes na mesa sobre a televisão no Brasil. Como o jornalista Laurindo Leal lembrou, a TV é ainda o principal meio de informação no país, presente em nossa vida não apenas dentro de casa, mas também nos consultórios médicos, ônibus e metrôs. “O problema é que por essas telas, presentes em todos os lugares, transita o pensamento único. A TV se consolidou como meio comercial. O coronelismo eletrônico, ou seja, a concentração de canais nas mãos de poucas famílias é herdeira do coronelismo fundiário em nosso país. É ela que impõe as decisões políticas a toda a sociedade”, ressaltou. Frente à constatação desse poder, a filósofa Marcia Tiburi fez uma provocação aos participantes do curso: “que tal quebrarmos todas as TVs?” | Continue lendo.

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Os golpes de 1964 e de 2016 foram dados pelos mesmos atores, com o protagonismo da Rede Globo

[Por Sheila Jacob – NPC] “Vou falar rapidamente sobre o controle da opinião pública e como as pessoas são levadas a pensar contra seus interesses”. Assim iniciou sua intervenção o professor Nilson Lage, da UFSC, lembrando como os recursos de convencimento existem desde a Antiguidade e mostrando como os mesmos grupos que deram o golpe em 1964 continuam a atuar até hoje. A Rede Globo, por ser o grupo mais poderoso no brasil hoje, foi estudada pelo historiador João Braga Arêas, que mostrou de que forma a Globo defendeu a ditadura e desde então continua ligada aos grupos do poder e aos principais acontecimentos políticos do país. Francisco Fonseca, por sua vez, mostrou como o golpe é fruto de articulação de interesses internacionais, para além da atuação de atores brasileiros, como os empresários, a mídia hegemônica e o poder judiciário nacionais. Por fim, Luis Felipe Miguel defendeu que, frente aos processos de manipulação da informação por parte dos grandes meios de comunicação, é necessário resistir aos ataques aos direitos e à soberania em espaços fora da institucionalidade, como as ruas e as ocupações de escolas. | Continue lendo.

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