Autor: Sheila Jacob

Empresarial-militar, civil-militar ou somente militar? Três conceitos para definir o mesmo golpe

[Por Ívina Costa] A “cumplicidade da imprensa e dos empresários com a ditadura” foi um dos temas debatidos na quinta-feira (06.11), na 20ª edição do Curso Anual do NPC. A mesa foi composta por três doutores em História Social: Pedro Campos e Beatriz Kushnir e Aloysio Castelo de Carvalho.
Pedro Campos abriu o debate, destacando o apoio de empresários, sobretudo do ramo da construção civil, a ditadura. A apresentação foi baseada na tese de doutorado defendida por ele em 2012, na UFF: “A ditadura dos empreiteiros: as empresas nacionais de construção pesada, suas formas associativas e o Estado ditatorial brasileiro, de 1964-1985″. Segundo revelou a pesquisa feita pelo historiador, ao longo do regime, houve uma grande intervenção do Estado no setor de construção civil e também em sindicatos de trabalhares. Enquanto os empresários eram beneficiados e ampliavam suas formas de organização, os trabalhadores eram duramente explorados e reprimidos.

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Memória da comunicação sindical é resgatada no segundo dia de Curso Anual

[Por Camila Araújo] Os 20 anos da comunicação sindical foi tema de intensa discussão durante a tarde de quinta-feira (06/11), no segundo dia do Curso Anual do NPC. A coordenadora do Núcleo, Claudia Santiago, foi mediadora da mesa e levantou a necessidade de se pensar no dia a dia da comunicação sindical, a imprescindível preparação dos profissionais sindicais e a obrigação da esquerda em construir uma imprensa a serviço dos trabalhadores. Os convidados para o debate foram a jornalista do Sindicato dos Químicos Unificados, Ciça Gomes, a assessora de comunicação da Conlutas, Claudia Costa, o jornalista do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Jair Rosa, o professor da UEL Rozinaldo Miani e o professor da UFPE Luís Momesso.

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Banda Larga, campanha contra coronelismo eletrônico e regulamentação da Constituição são caminhos para democratizar a mídia

[Por Tatiana Lima] Na sexta-feira, dia 7 de novembro, com a mesa “Impasses na Democratização da Comunicação no Brasil”, o 20º Curso Anual do NPC abordou a regulação da mídia. A mesa foi composta pelo cientista político Venício Lima (UNB), o professor Marcos Dantas (UFRJ) e a jornalista Bia Barbosa, do coletivo Intervozes. O professor e cientista político Venício Lima destacou que atualmente acredita que é necessário para a democratização das comunicações o cumprimento de quatro pontos mínimos: regulação da Constituição de 1988 existente há 25 anos; funcionamento dos Conselhos Estaduais de Comunicação que já existem; distribuição de verbas públicas de publicidade para veículos que dão voz àqueles que normalmente não têm espaço nos meios tradicionais; e o apoio à mídia pública.

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20º Curso do NPC e a comunicação dos trabalhadores no Brasil de hoje

[Por Ívina Costa] A última mesa de debates do 20º Curso Anual do NPC, realizada no sábado (08.11), teve o objetivo de apontar os desafios imediatos e históricos da comunicação dos trabalhadores. Participaram desse debate os jornalistas Beto Almeida, do canal de televisão Telesur; Leonardo Wexell Severo, do jornal Hora do Povo; Renato Rovai, da revista Fórum; e Vito Gianotti, escritor e coordenador do NPC.

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Doze anos de luta dos trabalhadores são contados em obra de ficção

[Por Camila Araújo e Ívina Costa] Lançado em 06 de novembro, em Indaiatuba-SP, o filme “O Lucro Acima da Vida” foi exibido para os participantes do 20º Curso Anual do NPC. A obra, dirigida pelo jornalista e cineasta Nic Nilson, resgata a história de trabalhadores contaminados por metais pesados numa fábrica de agrotóxicos das empresas Shell/Basf, na cidade de Paulínia, São Paulo.
A gravação do longa-metragem teve início em 2013, depois que 1.058 trabalhadores e dependentes ganharam na justiça a ação movida contra as multinacionais. Diretor do Sindicato dos Químicos e produtor executivo do filme, Arlei Medeiros conta um pouco da história. “Esse filme é o acúmulo de dois documentários, um de 2002 e outro de 2005, ambos feitos para divulgar a luta. A ideia era criar um instrumento de formação de opinião para convencer os ministros e a população. Só que a ação avançou e a sentença saiu antes do filme. Aí, a gente deu liberdade pro diretor, o sindicato não opinou no roteiro”.

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