Autor: Sheila Jacob

Faculdade de Letras e Ciências Humanas da USP debate os 50 anos do golpe de 1964

Marcando os 50 anos do início do último regime autoritário no Brasil, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP) promove, nos meses de março e setembro, o ciclos de debates “FFLCH discute os 50 anos do golpe de 1964”. Os ciclos são organizados por diferentes departamentos e têm como proposta discutir o tema sob diversos ângulos. Confira a programação em nossa página.

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Carta enviada ao jornal O Globo questiona uso do termo ‘invasão de haitianos’

O coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (NIEM), Helion Póvoa Neto, escreveu uma carta ao jornal O Globo que, em diversas oportunidades, utilizou a expressão “invasão” para se referir aos haitianos que vêm ao nosso país desde 2011. O texto questiona a discriminação em relação aos migrantes e não foi publicado pelo jornal. Os que assinam defendem a regularização e o atendimento às demandas dos migrantes e recusam os termos adotados por veículos de imprensa que criminalizam esses povos. Diz a carta: “Ninguém ignora que o Brasil vem sendo destino de um expressivo movimento migratório de haitianos, quantitativamente inferior, aliás, ao de outras nacionalidades, inclusive de origem europeia, que mesmo quando em situação irregular, parecem não causar o mesmo alarme. O caso dos haitianos, e de outros migrantes de países do Sul, representa sem dúvida um problema social e humanitário, a ser enfrentado com políticas adequadas de direitos humanos” | Leia a carta completa.

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A comunicação contra-hegemônica contra a ditadura dos algoritmos

Algoritmo é um conjunto de instruções muito precisas para a execução de certas tarefas. Na verdade, o problema não está nos algoritmos. Está na geração da informação, que se tornou bastante previsível. Os limites da combinação entre criação semântica e gramatical são infinitos. Mas para os níveis de automação e massificação da imprensa atual, um programa de computador mais do que basta. Pudera! A vida humana automatizou-se, padronizou-se e massificou-se. Com a imprensa, não seria diferente.

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Para sociólogo, rolezinhos são vistos como tão ameaçadores porque rompem a demarcação do apartheid social

O País discute o que vai pela cabeça daqueles rapazes de bombeta e bermudas, que se endividam para comprar um tênis Mizuno, a congestionar os corredores dos shopping centers – estes também chamados aqui e ali de “templos do consumo”, “espaço privado aberto ao público” ou “única opção de lazer na quebrada”, de acordo com o gosto do freguês. Os rolezinhos entraram com tudo no vocabulário político nacional. Para o sociólogo Jessé Souza, estamos diante de “um reflexo do apartheid brasileiro que separa, como se fossem dois planetas distintos, os brasileiros ‘europeizados’, da classe média verdadeira, e os percebidos como ‘bárbaros’, das classes populares”. Para ele, o que confere caráter político a essas aparentes brincadeiras de jovens da periferia é o fato de ameaçarem a fronteira de classes, vivida por todos nós de modo implícito.

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Globo, os palestinos não se veem por aí

Em 19 de dezembro, foi ao ar na chamada “novela das oito” da TV Globo, intitulada “Amor à vida”, uma cena que não deixa dúvidas a quem serve a emissora: aos interesses hegemônicos e ao império. A telenovela líder da audiência em âmbito nacional, seguida pelo Jornal Nacional, apresentou na trama um romance entre um palestino, Pérsio (Mouhamed Harfouch), e uma judia, Rebeca (Paula Braun). No capítulo em questão, o primeiro deles declara que pertenceu a uma “célula terrorista” e se diz arrependido: “Eu queria ser um homem bomba. Achava que era um sacrifício justo pela causa do meu povo. Só não fui porque eu sou filho único, a minha mãe me procurou, insistiu demais pra eu desistir. Mas eu ajudei a organizar um atentado”. (…) O autor de “Amor à vida”, Walcyr Carrasco, reforçou, assim, mitos que são denunciados pelo historiador israelense Ilan Pappe em seu artigo “Os dez mitos de Israel”. Entre eles, de que a luta palestina não tem outro objetivo que não o terror e que Israel é “forçado” a responder à violência. Segundo ele, a história distorcida serve à opressão, à colonização e à ocupação.

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