Autor: Sheila Jacob

Como será a educação brasileira nas próximas décadas? Como faremos para garantir educação de qualidade para todos? Quais são os desafios do atual sistema de avaliação educacional? Como cuidaremos da valorização dos professores e dos demais profissionais da educação? Qual será o impacto da incorporação e do uso das novas tecnologias nas salas de aula? Como serão as políticas que deverão possibilitar o acesso à educação superior dos grupos historicamente excluídos? Essas são algumas questões debatidas nessa obra pelo professor Dilvo Ristoff (UFSC), que aponta para os grandes desafios que terão que ser enfrentados pelo Brasil para que ele possa se tornar efetivamente uma nação avançada nas artes, nas ciências e na tecnologia. Também para que seja um país soberano e inclusivo, com oportunidades para todos os que buscam a educação, inicial ou continuada. Para que seja um país, enfim, democrático e emancipador, a serviço do povo e não de oligarquias ou de grupos privilegiados e que permita aos indivíduos e grupos sociais, graças à educação de qualidade que receberam, gerarem as suas próprias oportunidades na vida.

Neste importante livro, a autora aborda os principais problemas enfrentados pela educação na última década. A obra analisa o mundo do trabalho na vertente conhecida como toyotismo e sua influência na gestão do trabalho pedagógico. Apresenta-se uma avaliação da prática do “conteudismo” e os interesses por trás da configuração das parcerias público-privadas que se apresentam como modelo de “salvação” da escola falida. Esse panorama é traçado para compreender o “sequestro” da escola pelos aparelhos hegemônicos da classe dominante na última década, a ponto de o trabalho do professor encontrar-se controlado pela gestão por meritocracia e destituído de sua característica emancipadora. Outro elemento destacado no livro são os limites e possibilidades dos “novos movimentos sociais” em suas relações de/com as classes. Por fim, há uma análise do pensamento de Gramsci, uma revisita a seus principais conceitos para a análise da temática tratada em todo o livro.

No dia 9 de outubro de 1967 morreu Ernesto Guevara. Médico argentino conhecido como Che, ficou famoso por ter dedicado sua vida às lutas por transformação. Após o sucesso da Revolução Cubana de 1959, sonhou com insurreições em todo o mundo. Para conhecer mais sobre sua vida, indicamos a biografia do guerrilheiro lançada pela Expressão Popular. O autor do livro partiu de um vasto material e recorreu a textos variados do Che, como fragmentos de cartas pessoais e públicas, diários, notas manuscritas, artigos, poemas, livros, discursos, conferências, declarações em atas, entrevistas, frases e testemunhos de companheiros. Após a leitura destas páginas, o mito reencontra o homem, seu pensamento e ação. Assim nos colocamos diante daquele que foi “o mais completo ser humano de nossa época”, segundo o pensador francês Jean-Paul Sartre.

Esta publicação contém textos de Karl Marx, Friedrich Engels, V. I. Lenin, Clara Zetkin e Leon Trotsky. Com ela, busca-se resgatar as formulações clássicas do marxismo sobre a questão da mulher. Algumas questões abordadas são a origem da família e da opressão; o processo de integração da mulher na produção fabril capitalista e as contradições que marcam esse fenômeno; a necessidade da organização e da mobilização conjunta das proletárias para a luta contra o capitalismo; e as medidas destinadas a acabar com a opressão da mulher que foram implementadas após a Revolução Russa. A atualidade dessa obra é impressionante. Em um dos textos mais marcantes, Lenin afirma: “A mulher, não obstante todas as leis libertadoras, continua uma escrava doméstica, porque é oprimida, sufocada, embrutecida, humilhada pela mesquinha economia doméstica, que a prende à cozinha, aos filhos e lhe consome as forças”.