Autor: Sheila Jacob

Este livro contém 50 ensaios do peruano José Carlos Mariátegui, um dos grandes pensadores marxistas do século 20. Organizada por Luiz Bernardo Pericás, a obra é mais uma demonstração da universalidade e originalidade do pensamento deste grande autor latino-americano. Os textos aqui reunidos tratam da Revolução Russa e seus protagonistas, como Lenin e Trotsky, além de abordar a força da cultura a serviço das causas sociais, passando pela literatura de Górki e Essenin, teatro e cinema.

Neste livro, o grande historiador francês Michel Novelle enfrenta o desafio de explicar a complexidade e as contradições da Revolução Francesa para sua neta de 14 anos. O livro é bastante didático, pois se constrói em forma de diálogo e se debruça, em linhas gerais, sobre a monarquia constitucional que dominava a França, sua queda e os períodos pelos quais a Revolução passou. Por meio de numerosos questionamentos, a neta obriga o historiador a refletir sobre os caminhos que o país tomou. Uma conclusão importante é que, embora os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade fossem os princípios defendidos no final do século 18, a desigualdade social, a concentração de renda e a opressão continuaram existindo.

Dez dias que abalaram o mundo é um testemunho vivo, narrado no calor dos acontecimentos da Revolução Russa de 1917. O autor conviveu e conversou com grandes líderes deste acontecimento, como Lênin e Trotski, e acompanhou assembleias e manifestações de rua que marcariam a história da humanidade. Esta edição contém notas e textos de panfletos, decretos, ordens e resoluções dos principais personagens e grupos ligados à revolução. A obra é vista como inauguradora da grande reportagem no jornalismo moderno, e seu escritor fixou a imagem do repórter que se arrisca para defender causas socialmente justas. Ler John Reed é conhecer melhor a história do início do século 20. Além da Revolução Russa, ele acompanhou a Revolução Mexicana e a Primeira Guerra Mundial.

Os dois textos publicados nessa obra refletem sobre o aprendizado político e as conquistas na construção das novas relações de classe e gênero após a Revolução Russa de 1917. Alexandra Kolontai, uma das líderes do movimento, faz uma análise da situação da mulher na sociedade burguesa, oprimida por um código moral no qual a propriedade privada era prioridade. A partir das conquistas da revolução, a autora apresenta a necessidade da reorientação no comportamento do homem e da mulher na nova estrutura social: um amor-companheiro, com direitos e responsabilidades iguais, respeito à individualidade e apoio mútuo… Reflexões que em pleno século 21 ainda precisam e devem ser feitas.