Autor: Sheila Jacob

Tariq Ali, Emir Sader, Slavoj Zizek e outros autores Carta Maior e Boitempo Editorial R$ 10,00 Em...

Ignacio Ramonet analisa as principais características geopolíticas do mundo no início deste século, abordando temas como a globalização e a organização dos cidadãos na defesa de seus direitos; os impactos das novas tecnologias e dos avanços da ciência; os neofascismos e os futuros possíveis da direita e da esquerda. O autor também trata do papel que os EUA vêm desempenhando no mundo atual, a situação do Oriente Médio e outros assuntos. Ele dá um destaque especial ao Fórum Social Mundial de Porto Alegre, espaço onde se discutem estratégias de combate ao neoliberalismo, o desenvolvimento sustentável, a emancipação das mulheres, a defesa dos direitos indígenas etc. Neste livro ele reforça o tema geral do encontro: “Outro mundo é possível”.

Esta obra é dedicada ao pensamento socialista. O autor recupera reflexões de Lenin, Trotsky, Gramsci, Lukács e Walter Benjamin, apresentando um belo panorama da tradição marxista. Bianchi lembra que, mais ou menos otimistas, esses pensadores têm como horizonte a revolução e autoemancipação dos trabalhadores, contrariando uma reflexão contemporânea sobre o pensamento de Marx que conduz à renúncia e à acomodação política. “De um modo geral o que orienta este livro é uma contestação à ideia de que o marxismo é uma teoria ultrapassada, afirmação essa que perdeu muito de sua força com a crise econômica que teve início em 2007”, disse o autor em entrevista ao portal Unicamp sobre o livro.

Em linguagem bastante acessível, a autora apresenta o cenário político, econômico, social e ideológico que levou à abolição no país, enfatizando que, embora tenha sido uma conquista, a libertação dos escravos foi apenas um primeiro passo na tentativa de emancipação dos negros no Brasil. O livro apresenta a evolução do pensamento abolicionista, desde a derrocada das doutrinas que justificavam a escravidão até a gradual adesão dos fazendeiros ao trabalho livre. Acaba com aquela visão de que a princesa Isabel foi boazinha e deu um presente aos negros. A autora contextualiza a pressão da Inglaterra pelo fim do tráfico e discorre sobre suas consequências. Tudo isso sem deixar de lado a importância dos movimentos abolicionistas, que concederam legitimidade às revoltas dos escravos, violentamente reprimidas durante o período colonial.

Week-end na Guatemala é um dos maiores livros de ficção políticos do século 20. O livro descreve a invasão desse pequeno país em 1954, quando o então presidente, Jacobo Arbenz, tentava estabelecer um governo popular. Ele havia sido um dos principais líderes da Revolução de Outubro guatemalteca de 1944, que iniciou mudanças importantes no país. Para pôr fim ao seu governo progressista, os EUA promoveram o recrutamento em massa de mercenários de vários países latino-americanos, assolados pelo desemprego e pela miséria. A elite econômica e setores da pequena burguesia guatemalteca forneceram a base social de sustentação interna da agressão, armando o palco para a tragédia. O consagrado escritor guatemalteco Miguel Angel Astúrias conta esse episódio em oito contos, nos quais interagem personagens de diferentes classes sociais em períodos distintos dessa história.