O Banco Itaú despertou críticas por causa da agenda de 2014 distribuída a seus clientes. O material procura destacar acontecimentos que marcaram a história do Brasil. No dia 31 de março, está registrado o “aniversário da revolução de 1964”. O termo foi usado pelos militares na época para justificar o golpe que implantou uma ditadura no país. 50 anos depois, o banco Itaú vem sendo criticado por repetir essa história. No Twitter, uma correntista fez piada: “Se o Itaú acha que houve revolução em 64, ele pode estar enganado sobre muitas outras coisas, como meu saldo, por exemplo”.
Vladimir Herzog não se suicidou
A agenda marca o dia 25 de outubro como o do “suicídio de Vladimir Herzog”. “A versão do suicídio da morte de “Vlado”, como era conhecido, já foi desmentida, sendo substituída pela da tortura e assassinato por membros do Doi-Codi, onde o jornalista estava preso durante a ditadura militar. “Não custa lembrar que o verdadeiro dono do Itaú era o empresário Eudoro Villela, pai da socialite Milu Villela, muito devotada às causas sociais. Dom Eudoro era o maior financiador e presidente da Anpes, a versão bandeirante do carioca Ipês – ambos órgãos dedicados à conspiração civil para a concretização do golpe militar”, diz texto da Contraf-CUT, citando o boletim Relatório Reservado.
A agenda foi recolhida pelo Itaú na quarta-feira, dia 19 de fevereiro de 2013.