[Nicolau Soares/Brasil de Fato | Porto Alegre] A mesa de abertura mostra a importância do momento: lá estavam o escritor uruguaio Eduardo Galeano, a médica cubana Aleida Guevara, filha do Che, o linguista estadunidense Noam Chomsky, a argentina Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, o fotógrafo Sebastião Salgado e o teólogo Leonardo Boff, entre outros nomes da esquerda nacional e mundial.
Primeiro editor a liderar o projeto, o jornalista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) José Arbex se recorda da empolgação do dia. “Foi um negócio impressionante. 7 mil pessoas dentro do salão e outro tanto fora vendo pelo telão. Um negócio absurdo. Eu cheguei pro Stedile [João Pedro, liderança do MST] e falei ‘opa, parece que agora vai’. Havia um entusiasmo de todo mundo”, lembra.
Perspectiva popular
A proposta era criar um jornal impresso, vendido em bancas, com distribuição nacional e tiragem de 100 mil exemplares para “competir com os jornalões”, nos termos de Arbex. Ou seja, um veículo popular e democrático, que levasse o ponto de vista da esquerda e dos movimentos populares para a sociedade brasileira, disputando a interpretação dos fatos políticos com a mídia tradicional.
“Agora, não era para ser um jornal partidário. Era para ser amplo, trazendo as mais diversas tendências dentro do jornal e tratando de assuntos do dia a dia”, explica Arbex.
Um dos idealizadores do projeto, João Pedro Stedile, liderança histórica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), conta que a ideia partiu de um “desafio histórico para as esquerdas e os movimentos populares, de que é necessário que tenhamos nossa própria voz, nossos meios de comunicação de massa, e não ficar apenas dependendo de veículos de outras classes, que transmitem suas visões de mundo”.
Hoje à frente da direção do projeto, a jornalista Nina Fideles entrou na comunicação do MST em 2003 como assessora de imprensa, e logo teve de enfrentar o complicado cenário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Terra. Criada com o argumento de discutir a estrutura fundiária brasileira e propor um modelo de reforma agrária para reduzir a violência no campo, a CPI se tornou palco de ataques virulentos de políticos ligados à bancada ruralista contra os movimentos do campo, em especial o MST.
“É interessante porque é o mesmo período em que o Brasil de Fato é criado. E é interessante porque acho que ele nasce inclusive das circunstâncias e demandas de um projeto popular ganhar mais visibilidade. Era um momento no qual os movimentos estavam sendo muito atacados com a CPI da Terra, que pega, obviamente, só os movimentos do campo, um sinal muito emblemático de que havia um ataque ao projeto popular no Brasil. E aí culmina com este momento histórico, a criação de um veículo que poderia dar visibilidade às pautas, disputar narrativas”, analisa.
Experiência singular
O processo de discussões para a elaboração do BdF aconteceu ao longo de 2002 e “foi muito rico, coletivo e prolongado”, segundo Stedile. “Percebíamos que havia mudanças na sociedade, existia uma grande possibilidade de Lula ganhar as eleições e as esquerdas não tinham nenhum jornal, nenhuma rádio, nem TV para podermos fazer a batalha”, recorda.
As discussões começam no início de 2002, em um coletivo nacional que se reunia todos os meses. O grupo agregava representantes de movimentos populares, sindicatos, partidos e organizações de esquerda, além de jornalistas históricos da imprensa alternativa nacional, como Alípio Freire e Vito Giannotti – os dois já falecidos.
“Eram certamente mais de 50 pessoas”, conta o dirigente, que foram “criando as condições, buscando apoios, recursos. Fizemos até rifas, jantares etc. Tudo era discutido em coletivo e encaminhávamos o que havia consenso.”
Essa ligação orgânica com os movimentos populares, desde sua gênese, fez o projeto ter características únicas, na visão de Mateus Pismel, pesquisador e mestre em Comunicação, que teve o jornal como tema de sua dissertação.
“O Brasil de Fato é uma experiência bem singular. Acho que o seu nascimento é fruto de um acúmulo de reconhecimento do MST. Aliado à eleição do Lula, o movimento era uma organização que podia ser o pivô na gestação de um de um jornal para um campo de esquerda. E o MST é incomparável na América Latina, assim, como no mundo ocidental enquanto movimento popular”, sustenta.
Comitês populares
Segundo o projeto original construído pelo coletivo, o BdF contaria com a seguinte equipe: um diretor de redação e um coordenador “com funções de pauteiro”, no comando de 3 editores e 3 repórteres, para as editorias Brasil, Internacional e Cultura/Esportes. Todos teriam o apoio de um secretário de redação. Para a parte visual, um editor de arte e “um arteiro para editoração”.
Estas onze pessoas trabalhariam em uma redação central, localizada em São Paulo, e deveriam organizar uma “rede de correspondentes e colaboradores regionais e locais”, segundo o documento. “Tornar-se-á um desafio organizar as redações regionais, que fornecerão informações, artigos etc. e distribuirão o jornal através do Brasil.”
Tarefa nada trivial. A forma como esse desafio foi atacado mostra a influência do modo de trabalho dos movimentos: organização de base e militância.
“A ideia original era constituir comitês populares em que as pessoas iriam contribuir com reportagens, matérias, mesmo não sendo necessariamente do jornalismo”, relembra Arbex. “Então, você mora num bairro qualquer e aí acontece alguma coisa que merece ser noticiada, um episódio racista, um confronto com a polícia, uma feira de arte de livros, um sarau de poesia… A ideia era você se dirigir ao comitê do jornal na tua cidade ou no teu estado e mandar a matéria para a gente publicar.”
Se as dificuldades logísticas de um projeto deste tamanho já seriam grandes hoje, imagine em um momento em que a internet dava seus primeiros passos no país. Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa Network Wizards, em janeiro de 2003 existiam no Brasil 22,4 milhões de usuários de internet – destes, apenas 1,1 milhão tinha conexão de banda larga, de acordo com o estudo Brazil Broadband Markets and Technologies 2004, da IDC Brasil.
Para comparação, em 2021, foram 155,7 milhões de pessoas acessando a rede, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), sendo que 90% dos domicílios tinham acesso.
E nada de acessar a internet pelo celular. A tecnologia 3G só se expandiu no país a partir de 2004, e os modelos de celulares disponíveis pouco lembram os atuais. Em 2003, seria lançado o Nokia 1100, aparelho mais vendido de todos os tempos, com tela pixelizada e capacidade de fazer ligações, enviar mensagens de texto, mostrar a hora – e só. Nada de câmera, bluetooth ou acesso à internet. O primeiro modelo de smartphone, já com mais recursos, só foi lançado no Brasil em 2008, pela Apple.
Antes da popularização da internet, “não era nada simples você ter um meio de comunicação alternativo à grande mídia”, analisa Arbex. “Existiam rádios comunitárias, mas elas eram perseguidas pela Polícia Federal, eram fechadas, os militantes que abriam rádios comunitárias eram ameaçados de prisão.”
“Nós chegamos a fazer algumas reuniões com comitês populares do jornal. Eu me lembro que fiz uma reunião em Belo Horizonte que foi maravilhosa. Dentro da reunião, tinha o dono da mercearia, professores, estudantes, prostitutas que fizeram parte da reunião e que levaram as indicações delas”, diz.
Boicote
Mas produzir o conteúdo do jornal era apenas uma parte do problema. Ele também precisava ser impresso e, pior ainda, chegar a bancas de jornal em todo o imenso território brasileiro.
E aqui o projeto enfrentou um problema grave: um boicote empresarial.
Na época, poucas empresas faziam a distribuição de publicações em banca com alcance nacional. A primeira tentativa do coletivo foi contratar uma delas, propondo uma relação comercial normal.
“Estava tudo indo bem na negociação. Eles até perguntaram, ‘olha, nós chegamos aqui em 36 mil bancas no Brasil inteiro, quantas bancas vocês vão querer?’ Nós falamos que umas 9 mil, 25% disso aí, já estava bom demais. Eles disseram que estava tudo certo, então, o contrato já estava sendo fechado”, conta Arbex.
“Até a hora em que eles perguntaram: ‘mas, espera aí, quem edita o jornal?’ A hora que nós começamos a falar as organizações que participavam, particularmente o MST, eles descobriram de repente que a operação seria inviável do ponto de vista econômico. Mas como se até agora estava tudo certo? O que mudou de uma hora pra outra? Claro que eles não iam falar nunca, mas o que mudou foi o fato de que eles descobriram que as organizações sociais, em particular o MST, estavam por trás do jornal.”
Depois do revés, os movimentos ainda encontraram uma alternativa: uma distribuidora formada pela parceria de dois grandes jornais. O acordo foi fechado e pago a valores de mercado pelo movimento. Mas não foi cumprido pela empresa.
Arbex conta que a primeira pista que recebeu do problema foi em uma atividade no Sindicato dos Portuários de Santos, em que foi convidado para discutir a conjuntura política. Durante o debate, um dos participantes faz uma pergunta: “por que o Brasil de Fato não está chegando em Santos?”
“Eu falei como não está chegando em Santos? Claro que está chegando, Santos é uma das nossas prioridades para distribuir o jornal. Ele insistiu, ‘não está chegando, não’’ Aí eu falei não, mas espera aí, talvez a banca que você foi não está recebendo o jornal, mas tem em outras bancas. Aí um monte de gente começou a levantar a mão. ‘Não, não. A primeira edição chegou, a segunda edição chegou, mas a terceira, não chegou’. Aí acendeu o alarme, né?”, recorda.
Ao checar, descobriram que o problema se repetia no Rio de Janeiro, em Florianópolis e em outras cidades. “O jornal não estava chegando, embora para nós fosse relatado que estava sendo distribuído. O que ajuda a enxergar como é uma falácia essa história de que existe democracia no Brasil, Liberdade de expressão. Existe liberdade de expressão se você tem dinheiro para pagar, se não tem dinheiro… E se você não é o inimigo, né?”, analisa o jornalista.
Demandas do projeto popular
Entre falta de recursos e impasses políticos entre as forças da esquerda, o projeto original foi se modificando. De diário, o jornal passou a ser semanal. Mais tarde, mudou para tabloides produzidos regionalmente e distribuídos de forma gratuita.
Criou um portal que vem batendo recordes de audiência, chegando a superar 11 milhões de visualizações em um único mês em 2022. Incorporou a experiência do MST com rádio e hoje produz conteúdos que são retransmitidos por 280 rádios comunitárias e educativas em todo o país. Criou uma equipe para produção audiovisual, desenvolvendo programas próprios e parcerias com outras emissoras. Desenvolveu canais nas principais redes sociais, com conteúdos exclusivos e com linguagens adaptadas para cada uma delas.
Atualmente, o BdF reúne todas essas experiências e produz conteúdos adaptados para múltiplas plataformas. Tudo isso sem abrir mão da proposta política de levar até a sociedade notícias sobre o cotidiano social e político brasileiro com o ponto de vista dos movimentos populares e da esquerda nacional.
“Eu acho que o jornal hoje está bem mais maduro, está bem mais colado na realidade brasileira do que naquela época”, avalia Arbex. “Naquela época, querendo ou não, era um jornal feito por militantes, predominantemente para militantes – porque o projeto de fazer um jornal de grande tiragem para banca não deu certo. Então, virou um jornal de militantes para militantes. E isso num certo sentido pesou na característica do jornal. E hoje não, hoje você tem possibilidades muito mais amplas.”
Nina Fideles conecta essa evolução com o papel do projeto de caminhar junto das demandas e necessidades dos movimentos populares.
“O Brasil de Fato sempre foi respondendo a uma demanda de projeto popular, de entendimento, com uma intersecção muito fina entre o projeto, as discussões de esquerda e a comunicação. Mas também com as tendências tecnológicas e as novas plataformas. Hoje, conseguimos chegar nesses 20 anos com uma consolidação do que é o veículo, de seu alinhamento político e da tarefa de ocupar todas as mídias para disputar essa narrativa”, diz Nina.
Do Brasil e do mundo
Ao longo desse processo, o BdF esteve presente em momento fundamentais deste conturbado período da história brasileira. Da eleição da primeira mulher como presidenta ao golpe que a derrubou. Do crime perpetrado pela privatizada Vale em Brumadinho à venda da Eletrobras. Da descoberta do pré-sal ao aquecimento global. Da crise do Mensalão à terceira eleição de Lula, passando por sua prisão ilegal e a vigília em Curitiba.
Todos os temas da história brasileira e os debates feitos sobre eles pela esquerda passaram pelas suas páginas, impressas (por meio de tabloides periódicos) e virtuais.
Para Fideles, esse processo foi importante para dentro da própria esquerda, ampliando o alcance de questões fundamentais e fazendo com que “esses debates ganhassem força na militância, nos movimentos, que as pessoas discutissem isso nas bases, nos assentamentos, nos acampamentos”.
“Ele dialogava com a esquerda. O Brasil de Fato conseguiu naquela época ampliar o debate da esquerda para o todo da esquerda. E aí obrigava com que esse grupo também fosse mais a fundo nos debates de maneira mais coletivizada, não centrando em um ou outro movimento.”
Além disso, colocou para os movimentos a necessidade de se debater o próprio papel da comunicação. “Quando você cria um veículo, você meio que obriga com que o campo discuta como vai incidir nessa comunicação, e aí eu acho que tem um papel interno que é de alinhamento, de debate, de como usar. Eu acho que engajou a militância numa perspectiva de comunicação que é formadora. E até hoje é, de se discutir a comunicação, e qual o papel da comunicação para se atingir um objetivo fim, seja ele reforma agrária ou outro projeto para o Brasil.”
O projeto Brasil de Fato acompanhou as tendências da comunicação digital, mas nunca se afastou totalmente da ideia original de ter um jornal impresso. Mas em vez de uma edição nacional, a proposta se transformou.
“A ideia do Brasil de Fato como veículo de comunicação dos movimentos e comprometido apenas com uma visão popular do mundo e da luta de classes no brasil, foi muito importante e necessária. Em determinado momento da caminhada, tivemos que recuar para jornais tabloides, regionais, aonde foi possível conseguir apoios, e assim passamos a fazer edições locais, com distribuição massiva, gratuita. E essa fórmula deu resultado e permanece até hoje em muitas capitais”, conta Stédile.
Hoje, edições regionais são editadas de forma independentes por coletivos em noves estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Cada estado possui equipe própria e seus próprios meios de financiamento, mas todos caminham dentro da linha editorial discutida ao longo dos anos dentro do projeto e com os movimentos populares.
“Nós do Brasil de Fato ainda acreditamos que é possível disputar uma narrativa com o impresso e vale ressaltar as experiências dos estados. Porque aí você transforma os impressos em algo mais regional, com mais proximidade”, analisa Nina Fideles.
Se por um lado buscou se aproximar do cotidiano local das pessoas, o Brasil de Fato nunca abandonou o olhar para um mundo globalizado e cada vez mais complexo.
“A visão popular da luta de classes na América Latina e no mundo sempre esteve presente, desde as primeiras discussões do coletivo de 2002. Porque, assim como carecia uma visão popular da luta de classe no Brasil, pior ainda eram as notícias que circulavam na mídia burguesa sobre o que acontecia no mundo. Então, essa vontade política se baseava num princípio, mas também numa necessidade”, afirma Stédile.
Desde o início, o jornal procurou desenvolver parcerias com veículos semelhantes em diversos países, em especial na América Latina. E também estabelecer uma rede de correspondentes estrangeiros, inicialmente de “forma voluntária, solidária”, nos termos de Stédile, e depois de forma profissional.
Hoje, o projeto conta com correspondentes fixos na Argentina, Venezuela, Rússia, Cuba e Estados Unidos, além de parcerias com veículos de todos os continentes.
Correspondente estrangeiro em parte de sua carreira, Arbex considera esse investimento cada vez mais fundamental. Ele cita uma frase de Steve Bannon, o guru de Donald Trump e uma das lideranças do movimento internacional de extrema-direita de que faz parte Jair Bolsonaro (PL).
“Antes das eleições, ele dizia que o Lula era o cara mais perigoso do mundo. Por quê? Porque o que estava em jogo não era só a eleição do Lula aqui no Brasil. O que estava em jogo é primeiro o papel do Brasil em escala internacional”, explica.
“Quer dizer, o que estava em jogo na eleição do Lula não era só o Brasil, era o mundo. E, evidentemente, um jornal que tem correspondentes em vários países e que conseguem trazer essa perspectiva, é um jornal muito mais capacitado a cobrir a dimensão que os fatos políticos têm dentro do próprio país. Eu diria que a própria alma do jornal depende dessa visão ampla Internacional. Eu acho que não dá pra ficar sem isso, não”, defende.
E o projeto alcançou uma nova fase nessa relação, com a tradução de seus conteúdos para inglês e espanhol. Para Nina, a questão do internacionalismo sempre foi transversal à concepção do veículo
“Hoje ela ganha talvez uma outra proporção, que é a gente conseguir traduzir os acontecimentos no Brasil pra fora. Eu acho que lá atrás a gente fazia um movimento de olhar o mundo. Por isso que o slogan é ‘uma visão popular do Brasil e do mundo’, a gente sempre valorizou isso. Só que hoje eu acho que ele ganhou essa proporção de como é que a gente disputa uma narrativa fora.”
Referência
Avaliando os 20 anos de existência do jornal, Arbex considera o projeto estratégico para a esquerda brasileira, uma vez que “é uma alternativa concreta em relação ao que diz a grande imprensa e que tem essa história acumulada”.
“Isso aí é um capital fundamental, insubstituível do ponto de vista da formação de uma opinião crítica no Brasil. Eu acho que o Brasil de fato hoje ocupa um lugar muito maior do que poderia indicar a mera contagem estatística de quantos leitores ele tem”, defende.
“O Brasil de Fato é uma conquista dos trabalhadores brasileiros. É assim que ele tem que ser encarado, é assim que ele tem que ser defendido, e é assim que ele tem que continuar. Um patrimônio dos trabalhadores brasileiros.”
Professor universitário, ele conta da importância de se existir um espaço como o BdF para demonstrar a possibilidade concreta de se fazer jornalismo independente e profissionalizado
“Como universidade, nós temos orgulho de dizer que nossos estudantes se preparam para trabalhar num jornal como o Brasil de Fato, e não apenas ficarem condicionados a trabalhar na grande imprensa”, comenta.
“Isso para nós dá uma referência, uma referência externa que ajuda a universidade a balizar a qualidade crítica do seu ensino. Quer dizer, nós damos instrumental crítico para quem quer ir para o Brasil de Fato também. Se ele não existisse, qual seria nossa referência?”
Fonte: BdF Nacional
Edição: Glauco Faria