A história de lutas, greves, vitórias e derrotas do Sindicato dos Rodoviários de São Paulo. Na década de 1930, Getúlio Vargas implanta no país uma estrutura sindical que coloca os sindicatos sob o controle do Estado. Dentro desta lógica, Getúlio tentar criar a União de Transportes São Paulo-Rio que reuniria patrões e empregados. Os motoristas se recusaram e, em 1933, criaram um sindicato só de empregados. O vídeo mostra a primeira greve da categoria, em 1935, vitoriosa; e outra grande greve, em 1945, quando os rodoviários conquistaram aumentos de 60%. Durante a ditadura militar o sindicato sofreu intervenção que durou até 1968.

Em 1974 é feita nova intervenção que só foi derrubada por mais uma greve da categoria, em 1979. Este movimento foi organizado pela oposição sindical dos condutores e graças a ele conquistou-se o piso salarial para motoristas e cobradores. Mas somente em 1988 a oposição chegou à vitória na disputa pelo sindicato. Em 1989 a entidade se filiou à CUT e começou a organizar as comissões de garagem, inspiradas nas comissões de fábrica. Através de várias greves nos anos seguintes, a categoria conseguiu diversas conquistas como o tíquete-refeição e a jornada de 6 horas e 40 minutos.

Em 1996, sob a batuta neoliberal de FHC e a repressão do governo Maluf, os condutores realizam nova greve e conquistam 16%, em vez dos 4,44% determinados pela Justiça. O vídeo termina com a luta contra a ameaça de demissão de 22 mil trabalhadores devido à introdução das catracas eletrônicas.

Sugestão de uso: Indicado para debates sobre o movimento sindical, sua organização e suas lutas e sobre as relações de trabalho e os meios de transportes no Brasil.

Direção: Joel Zito Araújo; 1996; 28 min.

Realização: Sindicato dos Motoristas de São Paulo e Tapiri Vídeo

Contato: Sindicato dos Condutores de São Paulo: (11) 2270-5333