Nesta sexta-feira, 29 de janeiro, um documentário alemão sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte será exibido num encontro paralelo ao Fórum Econômico de Davos. A exibição do filme Um outro mundo é possível – Luta pela Amazônia, do cineasta Martin Keßler, será acompanhada de uma palestra e uma petição contra a construção da Usina. O vídeo apresenta entrevistas, imagens da realidade do povo do Xingu e as consequências do grande empreendimento, tão temido pelas populações indígenas e ribeirinhos.
No início de 2009, o cineasta Martin Keßler visitou a região com sua câmera. Ele investigou a fundo o sistema lucrativo relacionado à energia e ao alumínio na região. Ao mesmo tempo, defrontou-se com pescadores em suas casas miseráveis, com a crise financeira internacional e com metalúrgicos alemães e brasileiros. Além disso, conversou com o Presidente Lula, com o ex-chefe da Secretária de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, com o Teólogo Leonardo Boff e com a lendária índia Tuíra Kayapo – que ameaçou com um facão o representante do consórcio de energia da Eletrobrás em 1989. Naquele ano, as resistências locais e internacionais conseguiram barrar “Belo Monte” naquele ano, pois a construção da hidrelétrica no rio Xingú (coração da Amazônia) geraria a destruição do habitat natural indígena.
Agora, o governo Lula quer finalmente terminar o projeto hidrelétrico. A justificativa é dotar as empresas de mineração internacionais e indústrias com “eletricidade barata” e para “desenvolver economicamente” a Amazônia. Em consequência, serão inundados cerca de 100 km quadrados de vegetação nativa. Contra isso, estão na luta as populações indígena e ribeirinha.
Fonte: Conselho Indigenista Missionário – http://www.cimi.org.br