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[Por Rosângela Ribeiro Gil] Covardia de governantes que não são governantes, muito menos pessoas que devem ser honradas ou admiradas. Lixo. São apenas lixo da história. São apenas lixo da raça humana. É assim que podemos classificar o prefeito João Doria e o governador Alckmin, ambos do PSDB, quando “patrocinaram” um massacre contra servidores públicos municipais de São Paulo, na tarde de quarta-feira (14/03).

Professores em um movimento pacífico, em frente à Câmara Municipal, foram barbaramente reprimidos por batalhão do Choque da Polícia Militar; as agressões começaram pela Guarda Civil Municipal. Dezenas de bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo e de pimenta, além de investirem de cassetetes contra homens e mulheres.

O funcionalismo, desde 8 de março, decidiu pela paralisação das atividades para exigir discussão sobre o Projeto de Lei 621/16, que altera o regime previdenciário municipal prejudicando o funcionalismo público. Ao invés do diálogo, bombas. Indiferente a tudo o que acontecia em frente à Câmara, vereadores da base do prefeito e do governador tucanos prosseguiram a discussão da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) da Casa e aprovaram por 5 a 3 o PL.

Os servidores tiveram de correr das bombas. Outros foram encurralados dentro do pátio da Câmara. Recuavam e tentavam voltar para a Câmara sendo recebidos, de novo, por muitas bombas. Vários feridos ensanguentados pelas ruas. Professoras da rede municipal em estado de choque. Um professor com um tiro de borracha na testa.

Dois feridos graves não conseguiram socorro do SAMU nem do resgate do Corpo de Bombeiros. Telefonemas clamando por socorro, e ninguém veio. Tiveram de ser removidos, com todos os riscos que isso pode causar, por carros particulares.

São Paulo não merece o governo-lixo dos tucanos.