Com roteiro da jornalista Denise Assis e direção de Camilo Tavares, a LCBarreto lança no Rio de Janeiro, no final de março, um documentário sobre Educação Escolar Indígena. O patrocínio é da Petrobrás. “Pegamos três exemplos de Educação Escolar Indígena: uma no Acre, da comunidade Ashaninka; os Ikpengs, no Xingu; e os Xacriabás, em Minas”, conta Denise.

Em cada aldeia foi encontrada uma situação diferente. Na de Minas Gerais, a cultura da tribo foi dizimada. Graças ao esforço dos antigos em passar os costumes aos mais jovens, conseguiram recuperar a própria cultura e hoje estudam a saga da etnia em versos. Os Ashaninka estão bastante evoluídos: a partir de desenhos das crianças da aldeia produziram livros didáticos que foram editados em convênio com o MEC. Este também é o caso dos Ikpengs. Nesta aldeia professores índios já são formados por uma universidade voltada só para esse fim.

“O filme teve a consultoria da educadora Nieta Monte, especializada em educação indígena e consultora do MEC para a elaboração dos Parâmetros Curriculares da Educação Indígena. Esses parâmetros levam em conta todos os temas transversais – tradições, história da etnia, artesanato, etc – para formar as crianças e jovens. O objetivo é que elas cresçam preservando a cultura deles, mas que também adquiram instrumental para lidar com o mundo dos brancos”, relata Denise.