Foi lançado, no dia 14 de janeiro, uma nova versão do Mapa Cultural da Rocinha, realizado pelo Fala Roça e apoiado pela Secretaria Municipal de Cultural e pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca (FOCA). O mapeamento, que foi feito por moradores, identificou a existência de mais de 150 iniciativas culturais no território. As informações estão disponíveis em um mapa virtual que pode ser acessado pelo endereço www.falaroca.com/mapa.

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Sobre o mapa

Fala Roça | Divulgação

[Com informações de Fala Roça] Somente no Rio de Janeiro existem mais de mil favelas. Em 2013, o termo “favela” foi removido pelo Google dos mapas digitais, supostamente a pedido da prefeitura e de empresas de turismo, causando buscas incorretas e áreas que são bastantes povoadas apareciam com espaços em branco ou verde, gerando uma sensação de exclusão das favelas como parte da cidade e ignorando as milhares de pessoas que vivem nesses locais.

A primeira versão do Mapa Cultural da Rocinha surgiu em 2015 e foi feita com o auxílio de um aparelho celular e um aplicativo de GPS para identificar as coordenadas geográficas, já que não há como localizar as iniciativas culturais porque, historicamente, a favela não tem CEP (quando existe). Na época, cerca de 100 iniciativas culturais foram identificadas pelo Fala Roça.

Em 2017, o Instituto Pereira Passos apagou favelas do mapa turístico da cidade em folhetos que eram distribuídos pela Riotur para turistas. Partes da Rocinha, Dona Marta, Babilônia e Cantagalo foram substituídas por florestas ou espaços vazios.