Federação convida profissionais da imprensa e a sociedade ao evento de lançamento de seu relatório anual.

Em 2019, houve 208 casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas. Um aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 135 ocorrências. Os números são do relatório da Violência contra Jornalistas e liberdade de imprensa, publicado anualmente, que será lançado nesta quinta feira (16), no Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro.

Para a presidenta da FENAJ, Maria José Braga, o documento revela um momento grave: “Há, de fato, uma permanente ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e à integridade física e moral dos jornalistas. É preciso urgentemente frear o arbítrio instalado no país”, diz.  O

O relatório revela uma relação entre o início do governo Bolsonaro (sem partido atualmente) e o aumento de situações que comprometeram a segurança e o trabalho de profissionais da imprensa no ano passado. Sozinho, o próprio presidente foi o responsável por 121 casos de ataques a veículos de comunicação e a jornalistas (58,17% do total), o que é inédito. Foram 114 ofensivas genéricas e generalizadas, a maioria feita em coletivas. Também houve sete casos de agressões diretas a jornalistas, totalizando as 121 ocorrências contabilizadas.  

Foi registrado o mesmo número de ocorrências que no ano passado nas categorias das ameaças/intimidações e das censuras, respectivamente, 28 e dez casos. Houve diminuição numérica nas demais categorias de violência direta contra jornalistas.  Segundo o site da Fenaj, injúria racial foi o tipo de ataque que mais cresceu: foram dois no ano passado; em 2018, não houve nenhum registro.

O evento de apresentação do relatório acontecerá no auditório do Sindijor RJ às 14h e é aberto ao público.

Fonte: Fenaj

Edição: Amanda Soares