Jovem Wakatha u thëri, vítima de sarampo, é tratado por xamãs e paramédicos da missão católica do Catrimani, Roraima, 1976. Foto © Claudia Andujar

Jovem Wakatha u thëri, vítima de sarampo, é tratado por xamãs e paramédicos da missão católica do Catrimani, Roraima, 1976. Foto © Claudia Andujar

[Por Rubermária Sperandio] Aos oitenta e sete anos, a fotógrafa Claudia Andujar, suíça naturalizada brasileira, que já dedicou mais de 40 anos de vida à causa indígena, continua engajada na luta pelos direitos das populações indígenas. Com movimentos já debilitados e fala lenta, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, ela relembrou os mais de quarenta anos que passou visitando, vivendo e registrando os povos Yanomamis. Incentivada desde o início pelo antropólogo Darcy Ribeiro, Andujar foi uma das principais militantes pela demarcação da terra desta tribo. Em dezembro de 2017, voltou ao local e retornou pessimista para São Paulo, devido ao aumento das ameaças sofridas pelos indígenas. “Mais da metade da área é invadida por garimpeiros… O próprio governo não está fazendo nada para impedir… Estão mexendo nas leis para deixar entrar garimpeiros, mineradoras”. A exposição, com mais de 200 fotos, está aberta para visitação gratuita no Instituto Moreira Sales (Gávea), de terça a domingo, das 11:00h às 20:00h.