no Sindicato dos Metroviários.
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Cientista político comenta o livro História das Lutas dos Trabalhadores
[Por Reginaldo Moraes]
Imagine uma pessoa que, todo dia, quando acordasse, perdesse completamente a memória. Não sabe seu nome, profissão, endereço, quem são seus amigos e inimigos. Perdida no mundo, dependerá dos outros. Eles dirão tudo que ela deve saber sobre si mesma. Poderá ser manipulada, utilizada, vendida.
Agora, pense numa classe social numa situação semelhante. Os outros – talvez seus inimigos – dirão a ela, a cada momento, quem ela é, qual é seu lugar no mundo, seus deveres e direitos. Inventarão para ela uma história, um passado, alguns heróis e, claro, um destino.
Este livro é um tratamento contra essa doença: procura recuperar a consciência de classe trabalhadora através de sua história, da identificação de suas forças e fraquezas, de seus inimigos e de seus amigos, de suas misérias e de suas grandezas.
Não é um caminho fácil nem rápido. Não vale para ele aquilo que o camelô diz para vender o aparelho que oferece: “um aqui para o freguês, não requer esforço nem tampouco habilidade”. Não: este é livro para ser lido e relido, refletido e analisado. Para ser completado, em cada momento, com nossas lembranças, com o esforço criativo de comparar as situações e atitudes de nossos companheiros com as nossas próprias dificuldades e desafios de hoje. É um livro grande? O suficiente para ser um grande livro. Você não pode perder.
Leia, em nossa página, entrevista concedida por Vito Giannotti à jornalista Lígia Coelho