Por Rosângela Ribeiro Gil, especial para o Boletim NPC
O ano de 2014 começa com mais um golpe contra as garantias democráticas na Colômbia, mantendo a tendência de perseguição política por parte do governo daquele país à oposição. No dia 4 último, na cidade de Cúcuta, o professor universitário Francisco Javier Toloza foi mais uma vítima desse cenário, sendo detido injustamente pelas forças públicas. Ele é membro da Junta Patriótica Nacional e coordenador da comissão de relações internacionais do Movimento Político e Social Marcha Patriótica (M.P.).
Segundo o site Marcha Política, somando-se a longa lista de ativistas sociais perseguidos e reprimidos pelo governo colombiano, presos, torturados e até mortos, só no ano passado 25 militantes da Marcha Patriótica foram assassinados. “O governo de Juan Manuel Santos mais uma vez demonstra a sua cara paramilitar e repressiva.” Todavia, segue crescendo a solidariedade internacional contra esses abusos. Em nota oficial publicada no dia da prisão de Toloza, a Marcha Patriótica recorda que, além dos assassinatos, foram também detidos injustamente outros integrantes do movimento, como Hubert Ballesteros, dirigente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) e Wilmar Madroñero, da Federação Sindical Unitária Agropecuária (Fensuagro).
O documento explica e solicita:
“Essas detenções e assassinatos deixam claro à comunidade internacional que existe uma perseguição sistemática contra nosso movimento político e social, razão pela qual reclamamos ao governo Juan Manuel Santos que detenha seu maquinário de exclusão e guerra suja contra a oposição política colombiana e permita um clima favorável para a construção da paz e da abertura democrática, também chamamos a solidariedade dos países democráticos e progressistas que fazem parte da Unasur, da Celac, do Mercosul, da União Europeia, do Fórum de São Paulo, dos movimentos sociais que integram a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) e todos nossos amigos e amigas do movimento popular de todo o mundo.”