Livro-Agenda conta história dos trabalhadores brasileiros
Foi no mês de dezembro. No dia 27, 133 garimpeiros foram mortos pela polícia
O dia era 8 de janeiro de 1858, começou nessa data a primeira greve da qual se tem notícia no país. Os tipógrafos dos jornais Correio Mercantil, Jornal do Rio de Janeiro e Jornal do Commercio param de trabalhar. Sem os tipógrafos não havia como os jornais serem rodados, e claro, não chegaram aos leitores.
As pequenas notas contam episódios da luta dos trabalhadores do Brasil. Os trechos fazem parte da Agenda-Livro 2009 do Núcleo Piratininga de Comunicação. A idéia é clara: “A cada dia, apresentamos pequenas pílulas de informação, quase homeopáticas, que nos fazem descobrir inúmeras batalhas dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras que não costumam ter destaque nos livros escolares e, menos ainda, nos jornais, revistas, rádios e TVs patronais”, explica o NPC.
Arquivo Sinttel-Rio
A pesquisa para a agenda foi desenvolvida por Claudia Santiago e Vito Giannotti. A publicação homenageia, em especial, os 20 anos da histórica greve dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),
Foto de Luiz Bittencourt, cedida por Dom Valdir Calheiros
Outra imagem na “orelha” da contra-capa também remonta a história da greve pelo lado de quem não foi protagonista, mas se fez essencial para que esse episódio da luta dos trabalhadores fosse eternizada por fotografias. É uma foto do repórter fotográfico Osvaldo Prado, do Jornal O Dia, com um braço quebrado. Ele teve o braço fraturado quando registrava a invasão da CSN pelo exército. “Através da publicação da sua foto o NPC presta uma homenagem aos trabalhadores da notícia que, com seu trabalho, ajudam a preservar a história dos trabalhadores brasileiros”.
Arquivo Arquidiocese de Volta Redonda
Na abertura de cada mês, um setor é homenageado: professores, trabalhadores rurais, da saúde, pescadores, do petróleo, autônomos, entre outros. No mês de agosto a foto é de um trabalhador desempregado. “Na visão neoliberal, o desemprego não é um mal em si, mas um componente necessário de sua política de retirada de direitos, a tal flexibilização”, diz trecho do texto que acompanha a
foto.
No dia 26 de abril de 1920, Elvira Boni dirigiu a sessão de encerramento do III Congresso Operário Brasileiro. Ela, costureira, liderou a greve das trabalhadoras do setor por 8 horas de trabalho.
Trabalhadoras e trabalhadores como Elvira, pouco ou nada conhecidas, podem ser encontradas nas páginas da agenda “Lutas dos Trabalhadores no Brasil – sec. XX”.
Serviço:
A agenda está sendo vendida a R$ 15,00. Para adquiri-la entre em contato pelo email npiratininga@uol.com.br ou pelo telefone (21) 2220-5618. Há preços especiais para maiores quantidades.