[Por Luiza Sansão]
Luiz Bacci, do Cidade Alerta, revelou ao vivo a uma mãe que a filha foi assassinada no programa de 17 de fevereiro. Situações como esta, em que um programa policialesco submete as pessoas e suas dores para angariar audiência, não são novidade em um país no qual o tema da regulamentação da mídia sempre foi distorcido e evitado, exatamente pelos grupos empresariais que comandam essa espetacularização absurda da violência. Mas uma mãe ser informada sobre o assassinato da filha ao vivo ultrapassou todos os limites. O que o programa Cidade Alerta fez é de um nível de mau caratismo, desonestidade, indecência e falta de ética descomunais!
Precisamos ter consciência sobre a diferença entre jornalismo e esse tipo de programa, que não faz jornalismo e foi banido de países em que há vontade política de levar a sério o debate sobre a regulamentação da mídia, por meio da qual se exige responsabilidade social dos veículos de comunicação. A exploração da dor das pessoas é inaceitável!
Todo apoio e solidariedade a essa mãe. Meu mais profundo repúdio ao Cidade Alerta e todos os programas que reproduzem absurdos inomináveis como este.