“Mulheres em luta, autonomia, liberdade e igualdade”, foi o tema central deste ano. “Escolhemos falar de autonomia, já que em muitos movimentos sociais, as mulheres ainda não conseguiram o seu próprio espaço de luta. Liberdade e igualdade, porque na sociedade elas continuam ganhando menos do que os homens, as mulheres negras, nem se fala. As jovens continuam sendo vistas como um pedaço de carne, dentre diversas outras práticas deste espaço mercantilizado”, é o que diz uma das organizadoras do ato, Alaiane de Fátima, de 13 anos, participante da Casa da Mulher Trabalhadora, movimento feminista do Rio de Janeiro.
Para Patrícia de Oliveira, de 35 anos, da Rede Contra Violência, organização composta por familiares de vítimas da violência policial carioca, este dia é mais uma forma de mostrar a atuação das mulheres de todo o mundo. “Uma das maiores importâncias deste dia é o de chamar a atenção de muitas mulheres que ainda não conhecem os seus direitos e continuam carregando as tarefas de casa sozinhas, como se fosse algo normal. Além disso, a nossa voz aqui é para reivindicar que não existam mais machismos dentro dos movimentos, pois são muitos, e de uma simples brincadeira, vimos preconceitos ainda”.Durante a passeata, algumas subiam no carro de som e colocavam suas revoltas, e reinvindicavam temas que já discutem há anos, mas que ainda não foram alcançados. Um deles, a descriminalização do aborto, o direito a creche nas universidades, a garantia de que mães tenham pelo menos seis meses de licença maternidade, assim como nas grandes empresas, dentre diversas outras questões.