Publicado em 25/08/10
A ditadura militar torturou e assassinou centenas de pessoas em locais conhecidos e (muitos) outros locais clandestinos de repressão. Além dos DOPS e DOI/CODIs, a repressão política usou sítios clandestinos para torturar e exterminar combatentes contra a ditadura civil-militar. Pela primeira vez, esses sítios clandestinos serão revelados.
O Memorial da Resistência de São Paulo promove, em 28 de agosto, das 14h às 17h30, um debate sobre os centros de torturas clandestinos da repressão política em 28/08. O evento, que integra o projeto “Sábados Resistentes”, acontece no Memorial da Resistência de São Paulo, rua Largo General Osório, 66, Luz. Auditório Vitae, 5º andar.
O historiador Rubim Aquino, diretor do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, dará conhecimento público sobre métodos e locais usados pela repressão política. O jornalista Rodrigo Vianna, da TV Record, contará os bastidores de matérias sobre sítios clandestinos e sobre a atuação de grupos de extermínios nos dias de hoje.
Após a mesa redonda, haverá o lançamento do livro “Um tempo para não esquecer” de Rubim Aquino. A publicação é um extenso relatório de suas pesquisas sobre os sítios clandestinos da repressão política no Brasil. Aquino enumera locais espalhados pelo Brasil a fora e os nomes dos integrantes desses centros de tortura e extermínio de opositores políticos.
Programação:
14h – Boas-vindas – Katia Felipini – Museóloga, coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo
14h15 – Apresentação/Coordenação – Ivan Seixas – Jornalista – Presidente do Núcleo de Preservação da Memória Política
14h30 – Palestra: Centros de torturas clandestinos da repressão política, com Rubim Aquino – Historiador e Diretor do Grupo Tortura Nunca Mais (RJ) e Rodrigo Vianna – Jornalista, repórter da TV Record e editor do site Escrivinhador www.rodrigovianna.com.br
Os Sábados Resistentes são promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política do Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo. Trata-se de um espaço de discussão entre militantes de diversas causas, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e interessados em geral no debate sobre temas ligados às lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados têm como objetivo central estimular a discussão e o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano em busca de sua libertação.