[Arthur William – NPC] Durante as manifestações de junho e julho, a imprensa comercial manipulou as informações de acordo com seus interesses, mas milhares de brasileiros acompanharam vídeos, fotos e transmissões da mídia alternativa, com destaque para a atuação do grupo NINJA. “Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação” é o o que diz a sigla do NINJA, um coletivo ligado à Pós TV, canal que agrega programas de dezenas de produtoras independentes do Brasil.
Com apenas um celular do tipo smartphone e uma internet 4G, foi possível mostrar as recentes passeatas do ponto de vista dos manifestantes, uma imagem bem diferente das passadas pela mídia comercial em seus helicópteros e estúdios. Enquanto as emissoras de televisão tinham seus carros queimados e jornalistas expulsos, os NINJAs eram convocados e parabenizados pelo trabalho.
As transmissões da #MídiaNINJA contam com até cerca de 10 mil acessos simultâneos, uma audiência maior que muitas rádios AM e FM, além de canais de TV por assinatura e emissoras UHF. Essa audiência se multiplica posteriormente, pois os vídeos ficam disponíveis para visualização sob demanda.
Um dos grandes diferenciais do NINJA é a narrativa em primeira pessoa, sem a mediação de repórteres e apresentadores. Esta é uma situação bem próxima da democracia direta exigida nas ruas, ocasião em que as tradicionais estruturas representativas foram questionadas.