O projeto Carajás, nos anos 1980, levou o Brasil a uma situação bastante confortável em termos de recursos minerais. Desconfortável ficou a floresta amazônica com a destruição provocada pelas atividades da Companhia Vale do Rio Doce. Montanhas de ouro é o que resultou de quatro anos de filmagem (1985 a 1989) sobre o desenvolvimento do projeto Carajás e seu impacto ambiental na região amazônica.
Na periferia da reserva de Carajás funciona o garimpo que usa mercúrio para amalgamar o ouro. A ocupação de uma montanha inteira dá origem ao garimpo de Serra Pelada. Incentivos governamentais também atraem industriais para o “eldorado brasileiro”.
A transformação do minério de ferro em ferro-gusa é um grande negócio e a industrialização siderúrgica instala-se em torno da ferrovia construída pela Vale para exportá-lo. Florestas vivas são transformadas em carvão para alimentar os fornos das siderúrgicas. Os ambientalistas vão aos fóruns internacionais denunciar a Vale. O Banco Mundial é obrigado a rever o contrato de empréstimo, em função do descumprimento da cláusula de proteção da floresta. Verdadeiro documentário-denúncia sobre a agressão ambiental provocada pelo projeto Carajás.
Sugestão de uso: Serve para fomentar debates sobre a região amazônica e para discussão sobre meio ambiente de uma forma geral. É também um documento histórico sobre a instalação de Carajás e seus efeitos na região.
Direção: Adrian Codwell – Central Independent Television; 1989; 51 min.
Distribuição: Verbo Filmes
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