Foto: Vitor Mariano

[Por Joseilton Mendes] O histórico Complexo do Alemão recebeu o presidente Lula no Dia das Crianças, as crianças que são a nossa esperança. Esperança é como vemos a campanha do ex-presidente Lula.

Diversas comunidades se reuniram para construir esse ato de campanha na comunidade onde recentemente houve duas chacinas. Foi um dia novo, um dia que pode ser como um dia de virada. A campanha política deste pleito de 2022 tem algo diferente: a necessidade de não permitir a reeleição de Bolsonaro, que representa o fim da carteira assinada, do 13º salário, das férias e até do FGTS.

A campanha de Lula à presidência da República reúne diferente forças políticas do centro à esquerda unidas na luta pela democracia, pelo direito de nos organizarmos em sindicatos, em de defesa da cultura, do jornalismo, da educação e do SUS.

Essa unidade foi vista durante o ato no Complexo do Alemão. Vimos o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, uma figura controversa, mas com um peso nesta campanha. O governador recém-eleito está junto com Bolsonaro.

No ato estavam figuras históricas como Benedita da Silva e outras mais novas, mas igualmente importantes, como Renata Souza, Talíria Petrone e Rodrigo Neves. 

No dia de hoje vimos a esperança no rosto das pessoas que estavam nas lajes e nas entradas de cada comunidade que compõe o Complexo do Alemão (CPX). Num momento, estava tocando o hino nacional e o povo cantando. O povo ria e, dizia que era a hora de mudar.

O fora Bolsonaro foi entoado muitas vezes.

Destacamos as falas do prefeito Eduardo Paes, que disse que ali era o lugar que mais recebeu obras, como construção de casa populares, escolas. 

Tomado pela vibração dos eleitores, o candidato Lula discursou por cerca de quinze minutos, tendo logo em seguida uma viagem de campanha para a Bahia. O ex-presidente destacou que foram feitas muitas obras na região do Complexo do Alemão: creche, escola, postos de saúde. Falou que nas outras favelas também houve um investimento semelhante. E rebateu as falas preconceituosas do atual presidente Bolsonaro em relação aos nordestinos e às mulheres. Anunciou que vai fazer o Ministério dos Povos Originários e recriar o Ministério da Cultura. Anunciou mais investimento em educação, saúde. Sem falar diretamente na Lava-Jato, falou que em casos de corrupção se pega aquele que cometeu o crime e não destrói as empresas. Lembrou que a indústria naval estava quebrada, chegando a ser referência em sua época.