[Por Rosângela Gil – SP] Apesar dos pesares, e ainda bem, existem médicos e médicos. Como os que têm carinho e amor verdadeiros, e não mercenários, pela humanidade. Exemplo disso foi a trajetória profissional do médico e cientista venezuelano Jacinto Convit, falecido no dia 12 de maio último, poucos meses antes de completar 101 anos, em sua casa em Caracas. Uma de suas declarações emblemáticas e que resume seu compromisso com a vida humana é quando disse: “O prêmio Nobel não me tira o sono, a cura contra o câncer sim.”
Convic se dedicou à investigação, docência e assistência na área de dermatologia, especialmente na enfermidade da lepra. Sua grande obra para a humanidade e da equipe que liderava, foi o desenvolvimento de modelos de vacina para o controle da hanseníase e outras doenças tropicais. Em 1988, seu descobrimento lhe rendeu uma indicação para o Nobel de Medicina.
Será sempre lembrado por seu infatigável trabalho científico na preservação da saúde dos povos do mundo. Por isso, em 1987, recebeu o prêmio Príncipe de Astúrias de Investigação Científica e Técnica por seu trabalho nas áreas médica e científica. Em 2013, foi agraciado com título aprovado, por unanimidade, pelos deputados venezuelanos. [27.05.2014]