O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), através de lideranças, base e aliados tem debatido e mobilizado esforços em consequência dos impactos da estiagem que se abateu no sul do Brasil, de modo especial no Rio Grande do Sul, com efeitos devastadores sobre lavouras de milho. A avaliação prévia alerta para consequências em todos os segmentos, desde o camponês até o trabalhador urbano.

 Alguns pontos de debate estabelecidos indicam que aqueles que optaram por variedades de ciclo curto, utilizando intensivamente agroquímicos, estão sentindo de forma agravada o impacto da estiagem, tendo o prejuízo ampliado pelo alto custo da formação da lavoura (mais de R$ 3.000,00 por hectare no modelo do agronegócio). Em contraponto, a opção de muitos camponeses pelo uso de variedades crioulas ou varietais, com ciclos mais longos e mais resistência ao stress climático, com adubação orgânica e menor custo de produção, indicam prejuízo menor tanto do ponto de vista produtivo como financeiro.

Adilson Schu, de Canguçu, explica que um aspecto que atinge tanto um modelo quanto o outro é o período em que a estiagem atingiu o milho com maior severidade, alcançando justamente o momento do pendoamento ou da formação das espigas. “Nessa fase não há o que se fazer, a planta precisa de recursos hídricos para garantir a produtividade, se falta água nesse momento não se tem mais como recuperar depois”, aponta. Leia a matéria completa aqui!