“Enquanto o latifúndio quer guerra, nós queremos terra!”
No dia 14/7/2017, sob chuva e frio, o Comando de Missões Especiais (CME) chegou ao acampamento Hugo Chávez para efetuar o despejo das 300 famílias que ali moram. Esse é mais um despejo dentre os 20 programados na região, todos eles expedido pelo juiz Amarildo Mazzuti, da Vara Agrária de Marabá.
Faltando dez dias para o natal as famílias não têm para onde ir, e as crianças não terão como terminar o ano letivo. O governo do estado, assim como os demais órgãos públicos não se posicionaram sobre a situação de violação de direitos humanos e não propuseram nenhuma alternativa para solução do conflito.
As famílias resistiram até o último momento, não podendo mais segurar a situação optaram por iniciar o desmonte dos barracos.
Poucos dias antes do despejo, os acampados sofreram ataques de pistoleiros, o que gerou uma grande mobilização de amigos e organizações que prestaram solidariedade e abriram mais uma vez o debate sobre a situação fundiária e a violência na região.
O MST agradece a centena de gestos de solidariedade do Brasil e do exterior e reitera seu compromisso com as famílias sem terra na luta pela Reforma Agrária e pela justiça social, e que não vão desistir da área.
Direção Estadual do MST-PA
HISTORIADORA VIRGÍNIA FONTES GRAVA VÍDEO EM SOLIDARIEDADE AO MST